Eventos históricos são apresentados de forma seletiva nos
livros escolares dos dois lados com o objetivo de reforçar a narrativa
nacional de cada comunidade
Na
semana passada, em sua primeira visita como presidente a Israel e aos
territórios palestinos, Barack Obama instou os jovens a pressionarem
seus governantes a buscarem a paz no Oriente Médio.
Um estudo
recente patrocinado pelo governo americano, porém, mostra que, a
depender do que esses mesmos jovens aprendem na escola, a tolerância e a
aceitação mútua necessárias para a obtenção de um acordo serão difíceis
de conseguir.
Menina palestina desenha um tanque de guerra. Foto: AFP
Em
três anos de trabalho, pesquisadores israelenses, palestinos e
americanos avaliaram o conteúdo de 168 livros de escolas de Israel e dos
territórios palestinos e concluíram que, apesar de tendenciosos, a
grande maioria não incita à violência ou demoniza o outro lado.
Mas
o que parecia ser uma boa notícia se tornou polêmica. Enquanto os
palestinos — acusados por Israel de pregar a luta armada nas escolas —
festejaram os resultados, os israelenses rejeitaram o estudo, alegando
que os pesquisadores ignoraram conteúdos preconceituosos e violentos.
Daniela Kresch, O Globo
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