CARLOS CHAGAS
O
discurso do senador Pedro Simon, na noite de quarta-feira, faz a gente
supor que nem tudo está perdido. Com a coragem de seus 83 anos de idade,
ele identificou a presidente Dilma como inspiradora e maior interessada
na aprovação do projeto que limita a criação de novos partidos, uma
forma de prejudicar a candidatura de Marina Silva. Chamou de “pacote de
abril” com correção monetária a manobra afinal malograda por ato do
Supremo Tribunal Federal. Acusou o PT de cultivar o casuísmo e de
conspurcar a democracia. Deixou a tribuna, caso raro no Senado,
aplaudido por seus colegas senadores.
*
Não tem limite a desfaçatez do deputado-pastor Marco Feliciano como
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Enquanto impede a
presença de defensores do homossexualismo e do aborto, durante os
trabalhos, arregimenta grupos evangélicos que entram e se manifestam
livremente em sentido contrário. O pior é que dá ordens ao serviço de
segurança da casa e é prontamente atendido. Os representantes do PT na
comissão renunciaram ontem, fazendo a felicidade do Feliciano, que
festejou a retirada. Terá menos opositores às decisões que adota.
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