Ontem eu estava lendo uma recomendação sobre mobilidade
urbana. Havia um misto de indignação e stress por conta da situação que é bem
mais complexa do que a gente pensa.
Quando se fala de mobilidade, o termo é abrangente, mas eu
quero me concentrar especificamente no que se refere ao usuário de transporte
de massa. Onde o deslocamento, a circulação no espaço urbano é bastante
prejudicado. As vias estão saturadas, e já não comportam mais veículos
motorizados.
A questão econômica viabiliza a compra de veículos e motos,
já a resposta da infra-estrutura viária urbana, inviabiliza tal processo. Daí o
que fazer?
A cidade tem de oferecer mobilidade ou circulação, seja para
trabalho, escola, lazer.....fato que infelizmente não ocorre. Com isto ocorre a
dificuldade de acesso, aumenta-se o tempo de deslocamento, aumento de custo,
elevado nível de stress entre os atores (onde todos são estrelas).
Eu particularmente, já estou impaciente com as falas de
mobilidade urbana sustentável. Lembre-se que eu me propus a só declarar a minha
indignação no que se refere ao transporte de massa. Onde no município do
Paulista, a tarifa é exorbitante e o
serviço prestado pelas operadoras é ineficiente, influenciado por um governo
que sustenta um cabide de empregos.
Nos pilares da mobilidade, a estrutura apresenta defeitos
como uso do solo indevido, falta de melhorias ao transporte de passageiros,
promoção ao transporte não motorizado e uso racional do veículo.
Agora, quem vai optar por rodízio veicular, no atual sistema
que enfrentamos de engessamento viário?
Nós não temos transporte urbano com desenvolvimento, de
forma que propicie circulação eficiente. O uso do espaço urbano, é outro
entrave, que deixa os bairros e cidades sem respirar. Bom exemplo é a
construção de um shopping no centro do Município do Paulista e em Jardim Paulista
Baixo, onde a construção de blocos
residenciais, alteram a paisagem que
incide na mobilidade e respectivamente no clima. Com um detalhe: Os blocos e
shopping, ainda não foram entregues, que vai interferir diretamente na
mobilidade das pessoas. A qualidade do ar, outro entrave, onde a busca pelo
crescimento e desenvolvimento desordenado antecipa o caos urbano.
Assim a acessibilidade de pedestres, ciclistas e pessoas com
deficiência são relegadas a um plano inferior, se a gente ficar inerte. A
conferência das cidades, oferece aos delegados, a atribuição de cobrar mais
efetivamente das autoridades, meios que viabilizem soluções urgentes para a
sustentabilidade da mobilidade urbana nas cidades, mas precisamente em
Paulista. Contudo, a problemática é
generalizada de toda
a região metropolitana. Daqui a pouco,
perpetuando-se o atual modelo, teremos automóveis e ficaremos presos na própria
garagem.
O que entendo como saída para o caos: priorizar o transporte
público de passageiros; menos carros nas ruas e transporte de massa eficiente.
Como não se pode explodir os centros urbanos, tem-se de repensar o desenho urbano; reconhecer a
importância dos pedestres; bem como reduzir os impactos ambientais da
mobilidade urbana; inserindo de fato mobilidade às pessoas com deficiência e
restrição de mobilidade; promover a integração dos diversos modais de
transporte. Estas são as propostas que já tenho inclusas no meu chip de
memória, devido as palestras de modelo de transporte e mobilidade urbana. Nada
sai de fato do papel devido a política infame de monopólio do transporte via
ônibus. Onde as idéias de consciência e acesso amplo ao espaço urbano,
inclusiva e socialmente sustentável é linda de ver e impossível até o momento
de se utilizar.
A população deve se interessar e discutir o plano diretor
das cidades, cobrando dos seus
representantes em fóruns, ações efetivas para melhoria da qualidade do
transporte de saúde e de vida, onde a maioria das casas legislativas,
interessam-se em discutir efetivamente política partidária. Afinal o Plano
Nacional de Mobilidade Urbana, passa pelos municípios, onde os mesmos tem de
atender princípios e diretrizes.
A maioria dos tecnocratas e políticos, se interessam
apenas pelos recursos dos projetos, onde
os mesmos vão na maioria sem projetos concluído ou faltando partes de execução.
Outros chegam ao absurdo de não ter sequer, projeto executivo. Não se interessam
em programas e recursos e muito menos em fomento. Coisas de parte do Brasil
corrupto.
O que eu sei é que a gente paga uma alta taxa de impostos, e
somos desrespeitados com vias esburacadas, mesmo com a indústria das multas.
Assim temos que cobrar implantação, ampliação, modernização e/ou adequação das
vias ou um repensar do modal local. O que não pode é continuar do jeito que
está. Em Paulista, Olinda, Recife.... onde se consegue estacionar? Outro
detalhe, consiste na inclusão social e acessibilidade da pessoa idosa com
propósito específico.
Municípios acima de 100 mil habitantes tem de promover
acesso das Pessoas com Deficiência e Restrição de Mobilidade aos sistemas de
transportes, aos equipamentos urbanos e à circulação em áreas públicas. O
Município do Paulista está inserido dentro do contexto.
Também estimula e apóia os governos no desenvolvimento de
ações de planejamento e implantação de infra-estrutura cicloviária. Tendo como meta de integrar a
bicicleta nos sistemas de transporte, com equidade no uso dos espaços e
segurança para os ciclistas e demais agentes da circulação urbana. Isto é o
ideal, vamos ver se toda temática sai da esfera do surreal.
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