A RETÓRICA DAS CHUVAS

 

AS CHUVAS

Tivemos uma das maiores precipitações pluviométricas da história recifense. O acumulado de chuvas do Recife de 194 milímetros de chuva registrados no Recife nas últimas 24 horas é o terceiro maior da história da cidade, citou o Prefeito do Recife. Já as obras contra o velho problema conhecido é só propaganda.
No Paulista, nas últimas 24h teve mais de 25% do total previsto de chuvas para o mês de Maio. Seguem as explicações das gestões na Região Metropolitana para os velhos problemas.
Assessorias em entrevistas tratam que num local faltou estudo de solo ou lona. Noutro, invadiram a área e não se fala que faltou fiscalização. Noutro local, reduziram até a área de mangue e ampliaram construções irregulares.

Sem falar da falta de educação da população de depósito de resíduo sólido em local indevido. A verdade é que as principais causas estão relacionadas à impermeabilização do solo, construções irregulares, deposição de lixos em terrenos baldios ou em locais sem estrutura adequada.

Com isso, a água da chuva se acumula, pois não tem meios necessários para se infiltrar, escoando com maior rapidez e causando alagamentos. Alie-se interferência do homem no meio ambiente por diversos fatores principalmente como a falta de planejamento urbano.

A verdade é que os erros de planejamento, geralmente à falta de capacidade do sistema de drenagem, absorção do solo e escoamento das águas das chuvas, bem como ao rompimento de barragens e comportas.

De modo geral, enchentes podem ocorrer por causas naturais e/ou causas humanas. A causa natural se dá pelo período de chuvas e pela cheia dos rios. Já a causa humana se dá pela interferência do homem no meio ambiente por diversos fatores.

Rios que transbordam, ruas inundadas, carros sendo levados, casas e cidades cobertas pelas águas. Estes são reflexos das enchentes e inundações que se repetem todos os anos, principalmente nos grandes centros urbanos.

O que falar do desinteresse na maioria das gestões pela sustentabilidade e pelo meio ambiente e da grande falta de educação ambiental nas escolas e por parte da população? Tudo isto interfere no processo. O que falar de gestão de recursos hídricos? Conversa fiada?!

Assim, o que temos de propagar é de uma vida sustentável, feita por pessoas conscientes quanto ao meio ambiente e de escolhas assertivas em relação ao social. Assim, temos de levar a educação para a sala de aula e para a comunidade em geral.

PRINCIPAIS CAUSAS DE ENCHENTES

As principais causas estão relacionadas a impermeabilização do solo, construções irregulares, disposição de lixos em terrenos baldios ou em locais sem estrutura adequada. Com isso a água da chuva se acumula, pois não tem meios necessários para infiltrar e assim escoam com maior rapidez. 

Além de problemas estruturais, há também problemas orçamentários municipais, já que essa verba geralmente é escassa (ou mal gerida) para promover eficientes políticas públicas para contenção de enchentes, que acabam levando tudo embora e causando grandes prejuízos. 

PROBLEMAS CAUSADOS PELAS ENCHENTES E SUAS SOLUÇÕES

Outro problema: assoreamento da drenagem, com redução da capacidade de escoamento de condutos, rios e lagos urbanos e também transporte de substâncias poluentes agregadas ao sedimento.

O que dizer da vegetação? Esta, tem papel primordial para retenção das águas das chuvas, com capacidade de reter até 85% do volume de água, porém são cada vez mais escassas nas cidades. Melhoria do sistema de drenagem, galerias e bueiros, soluções estruturais e projetos de construção e recuperação de áreas verdes são imprescindíveis para amenizar os impactos das enchentes. 

Sem vontade política, a teorização e verbalização com os chefes do executivos e representantes legislativos passando incólume no cenário. Sem mudança de legislação, segue o histórico e  morre um senhor no Córrego do Abacate, desaparece um casal no bairro da Caixa D’água e a tristeza cresce. Na próxima chuva, se nada for feito, o que esperar de bom?