Recebi uma ligação ontem a noite, perguntando qual o desfecho da viagem a São Paulo referente ao núcleo sindical tucano. Indo direto ao ponto, logicamente que a idéia é sem dúvida de palanque eleitoral. Ninguém é menino. Porém o encaminhamento do núcleo, já redireciona-se em todas as direções do país.
Um bom exemplo do contexto de ampliação da visão periférica, foi a escolha para 3ª Presidência do Núcleo, uma representante do Recife a Sra. Claudete, que é vice Presidente dos Comerciários.
Porém, as forças que davam sustentação ao governo do PT estão tomando um posicionamento de cautela e esperar um pouco mais da situação.
Por outro lado, o governador de São Paulo, que é muito educado, esqueceu que a gente pensa, e quiz vender o peixe de que o PSDB é um partido que dá prevalência ao trabalho sobre o capital, é difícil de engolir ou não? Já o Senador Aécio Neves é contra sindicatos a serviço de um partido político, é esperar para ver, caso o mesmo chegue ao poder.
Para dizer a verdade, da pauta trabalhista, só quem tratou foram: o Presidente da UGT de Pernambuco, Gustavo Walfrido que comunga da idéia de partido não comandando central de trabalhador. O Deputado Ramos, que como sindicalista, fez um discurso de conciliação pró trabalhador. Já Ricardo Patah (Pres. Nacional da UGT) e Paulinho da Força Sindical trataram de assuntos como a redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário e ficaram contra a descriminação feminina. Os sindicalistas trataram de política sindical, já os políticos trataram de eleição com raras exceções..
Os tucanos que são neoliberais e aliados do patronato, fizeram um discurso mais para a platéia, que na maioria queria ir embora. Apenas José Aníbal (SP) e o Dep. Federal e Pres. Nacional do PSDB Sérgio Guerra (PE) , foram as exceções, discursando de forma embasada na realidade atual, com leitura politico-sindical autêntica.
Ao final, o presidente do núcleo Antônio Ramalho (Pres do Sind. da Construção SP e vice Pres Nacional da Força Sindical), fez um discurso longo e vago, onde com certeza terá dificuldade de agregar sindicalistas ao núcleo eleitoral ou melhor sindical.
Por sua vez, a viagem foi proveitosa para efeito de conhecimento e análise in loco da situação; do que acham e pensa a 'elite' do Brasil. De uma coisa é certa, a classe trabalhadora está longe de ser massa de manobra. Pode até fingir que compactua, mas na hora do voto, sabe-se a opinião e contrária do trabalhador. Ninguém se engane.
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