Quem tem mais de 50 anos, sabe de como foi formada a organização sindical neste país. Se não fosse a militância, atuando de forma precisa e persistente contra a oposição arbitrária, buscando espaço para dar encaminhamento as conquistas que temos hoje, os anseios dos trabalhadores estavam estagnados.
O que se entende por sensibilização e polarização sindical. Entendo na prática, como sinônimo ditatorial trabalhista. O país é continental na semântica, onde na prática sindical a arquitetura é provinciana.
O núcleo sindical tucano é paulista e o Ministério do Trabalho, quando não é do sudeste é do sul. O mundo mudou e avança, o comunismo caiu na sua imensa maioria, mas no campo sindical ainda continua a bipolaridade. Logicamente que existem sérios avanços, o sindicalismo polonês mostrou ao mundo que é possível uma saída justa. Mas a revolução acontece sem massificação?
A celeridade das ações pró trabalhador, esbarra na articulação ou conchavos de lideranças partidárias e na corrupção. Onde temos produtos de fato inovadores a preços acessíveis? Onde temos centros tecnológicos para a classe que mais necessita, cumprindo o princípio da equidade? Onde temo de fato educação, fim do analfabetismo, citando por exemplo o estado como o Maranhão. Qual o foco da competitividade num estado destes?
A conversa por aqui, é que há crise internacional, mas estamos imunes. Quem acredita, se nestas terras a impunidade reina para crimes de colarinho branco e o0nde há muitas maquiagens?
Qual foi o desfecho dado ao caso envolvendo o Ministro da Fazenda ou Mensalão? A repercussão dado ao atropelamento envolvendo o filho do "barão" foi a mesma dada ao caso do "animal" ? O menino João Hélio, quem vai consolar a mãe? Quem vai tirar a imagem terrível do filho do dono do supermercado Fausto? Quem pediu análise de lance polêmico envolvendo o jogo do Salgueiro?
Aqui se fala muito, faz-se audiências públicas, simpósios, leis e nada de fato muda. A grande pergunta é: Como um país deste, pode tratar de coisas maiores, se não consegue tratar as mínimas?
Para completar, tem-se um entendimento errado de desenvolvimento e crescimento. Basta o salário ser compatível com as parcelas do cartão de credito, e entende-se que não há inflação, e sim desenvolvimento econômico e social. Esquece-se as taxas de juros astronômicas embutidas e com a agilidade das comunicações, grupos são beneficiados, e a população de um jeito ou de outro sai lesada.
O que percebemos, é que o atual modelo econômico sem ajustes, maquia a crise e o desemprego. Por tabela reduz os salários das ativos e aposentados e as conquistas trabalhistas.
Tem coisa mais deprimente do que socorro aos banqueiros? Quem socorre a nós os trabalhadores? Só para se ter uma idéia do absurdo: Os Agentes de Saúde do Paulista-PE, estão lutando para que uma portaria do MS, seja designada para salário em que custeia as atribuições da classe, e não há entendimento patronal neste sentido.
Enquanto que numa cidade menor, na mesma faixa litorânea, foi conseguido o pleito. Na Paraíba tem cidade que paga dois salários e no Maranhão há cidade que chega a pagar três salários aos ACS.
Na minha modesta visão, percebo que tem-se de discutir e realizar medidas concretas de realidade social, econômica e financeira internacional, já que tudo é globalizado.
O movimento sindical deve ficar independente do controle partidário. Os partidos devem consultar a base, e esta ter identidade e independência, não o contrário como acontece. As reformas política, trabalhista, jurídica que são necessárias, não passam de temas nos debates políticos acalorados,mas não saem do papel.
O tema da qualificação profissional, passa por alguns ângulos. Aqui em Paulista, tem uma Escola Técnica, onde no bairro populoso onde moro, não há integração no transporte para lá, trazendo prejuízos para grande quantidade de jovens.
Eu não entendo a lógica do crescimento, com a revolução na educação através de laptops para professores, que em muitos dos casos não entendem a realidade local dos alunos.
Qual a justiça social apontada pelo governo, se as mulheres desempenham as mesmas funções que os homens, e muitas com maior desenvoltura e competência e ganha bem menos. Outra aberração é o fator previdenciàrio. Porque não adotam medida semelhante para acabar com as mordomias dos ex presidentes da República do Brasil?
Enfim, nós que fazemos parte do mundo sindical, temos um ministro? O Deputado Brizola Neto, ainda não assinou o livro de posse e não sabemos se o mesmo foi convidado para ser Ministro do Trabalho ou da articulação Pedetista?
Conforme os informes de Brasília, a prioridade citada pelo Ministro é a unidade do seu partido. Outro ponto, refere-se a tática Dilmista de melhorar a relação do governo com o PDT? Melhora em que para os sindicatos?
Paz sindical, sem decisão dos pontos prioritários para sobrevivência dos mesmos? Quem afinal de sã consciência acredita na tática da CUT? Entendo que para a escolha ministerial , tem de ter competência e ponto final. Nada de satisfação a partido, esta herança herdada de esquartejamento governamental tem levado o país ao caos.
Outra coisa, se o partido de Brizola está rachado ou não, na própria nomenclatura já diz que é partido. Portanto, o Ministro deve arregassar as mangas e trabalhar, pois tem muito trabalho em cima da mesa, desde que Luppi saiu. Já que Dilma o escolheu, e não uma mulher, é porque no mínimo, tem competência, assim esperamos.
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