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04 maio 2012

LABORATÓRIO INTELECTUAL



Desta vez eu vou aguardar (e aceitar antecipadamente) as críticas dos economistas mais ecléticosque eu. Esta eu não conhecia. Ela se chamava Alice Amsden e conforme reportagem da Folha, era professora do MIT. Segue um trecho da sua entrevista (íntegra AQUI):
O que mudou no Brasil para colocá-lo no caminho certo? A primeira coisa e a mais importante foi que o Brasil teve uma mente rebelde: fez uma mudança radical no aprendizado e no pensamento sobre desenvolvimento. Parou de olhar na direção da teoria do mercado para buscar inspiração para as suas políticas. Em vez de se dirigir para o beco sem saída das políticas universais - como o livre comércio e as vantagens comparativas - e que eram supostamente boas para todos os países, começou a pensar com linhas dedutivas. Seu guia passou a ser as "experiências" de muitos países, não as teorias. O Brasil se tornou um laboratório intelectual para experimentações cuidadosas.

Realmente, se eu fosse definir as políticas econômicas brasileiras jamais teria chegado nessa frase brilhante: "laboratório intelectual para experimentações cuidadosas".

Essa rebeldia custa muito caro ao país. Negar as vantagens comparativas e a importância do comércio em prol de um desenvolvimentismo nacionalista e dizer que o Brasil serve de guia para outros países é até um deboche. Queria ver ela aqui no Brasil na década de 80 com hiperinflação e uma economia fechada.

Os intelectuais desenvolvimentistas deveriam ser gratos ao comércio internacional, que foi um dos fatores determinantes para a implantação e sucesso do Plano Real. Pregar o protecionismo e subsídios a setores que não são competitivos (negar as vantagens comparativas) é fácil quando a economia vai bem. Como diz o cartaz: "Keep Calm e Quero Ver  Quando o Fluxo Cambial Mudar".
 
 
do Blog do Cristiano M. Costa

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