Taxa bancária para pessoas físicas subiu para 43,2% ao ano em julho.
Também subiu juro bancário cobrado das empresas para 23,1% ao ano.
Famílias continuam pagando caro por empréstimo
bancário (Foto: Reprodução/GloboNews)
bancário (Foto: Reprodução/GloboNews)
Nem mesmo a interrupção do processo de alta dos juros básicos por parte do Banco Central,
que levou as instituições financeiras a pagarem menos pelos recursos
captados no mercado financeiro, impediu os bancos de cobrarem juros
maiores dos seus clientes pessoas físicas e empresas.
Segundo números divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (26), a
taxa média de juros cobrada das famílias pelos bancos subiu pelo sétimo
mês seguido em julho, para 43,2% ao ano. E atingiu, novamente, o maior
patamar desde que o Banco Central começou a divulgar esses dados, em
março de 2011. Em junho, a taxa estava em 43% ao ano.
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Desde março deste ano, quando o BC deu as primeiras sinalizações que
poderia interromper o processo de alta dos juros básicos da economia, o
que já gerou reflexo na curva de juros (usada como base para o quanto os
bancos pagam pelos recursos), a taxa de captação dos bancos, que estava
em 12,5% ao ano, recuou para 11,5% ao ano (patamar de julho), ou seja,
uma queda de um ponto percentual.
Mesmo assim, as instituições financeiras continuaram subindo os juros
cobrados das pessoas físicas e das empresas. Em março deste ano, a taxa
cobrada das pessoas físicas, nas operações com recursos livres (sem
contar crédito rural e habitacional), estava em 41,6% ao ano, passando
para 43,2% ao ano em julho deste ano – um aumento de 1,6 ponto
percentual.
Spread bancário sobe
O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica, e o não repasse do corte da taxa de captação nos últimos meses, gerou o aumento do chamado spread bancário, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes.
O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica, e o não repasse do corte da taxa de captação nos últimos meses, gerou o aumento do chamado spread bancário, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes.
O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência,
por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são
mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo
federal, entre outros.
Em abril do ano passado, antes do início do processo de alta dos juros
básicos da economia, o spread bancário nas operações com pessoas físicas
estava em 25,4 pontos percentuais. Em junho deste ano, já estava em
31,3 pontos percentuais, passando para 31,7 pontos percentuais em julho –
o maior valor da série histórica do BC, que começa em março de 2011.
Taxa média de empresas e geral
No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados recursos livres, a taxa média subiu de 22,6% ao ano em junho para 23,1% ao ano em julho – o maior patamar desde março deste ano.
No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados recursos livres, a taxa média subiu de 22,6% ao ano em junho para 23,1% ao ano em julho – o maior patamar desde março deste ano.
Já a taxa média geral de todas as operações com recursos livres
(pessoas físicas e empresas) subiu de 32% ao ano em junho para 32,3% ao
ano em julho, o maior nível desde fevereiro de 2012, quando estava em
32,5% ao ano.
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