Diante da anomalia da cultura do estupro, onde se fecha os olhos para muitos atos, utilizarmos o avatar contra a violência sexual, mostra a nossa indignação, mas não resolve toda a problemática.
Os casos de estupro seguem multiplicando-se, mas há alguns que parecem que extrapolam as regras da sociedade. Pergunto: Estupro tem regra, ou é crime?
A“cultura do estupro”,
surgiu na década de 1970 pelas feministas dos Estados
Unidos, o objetivo era
mostrar como a sociedade culpava as próprias vítimas da violência sexual
por terem sofrido a agressão, tornando “normal” a violência contra a
mulher.
Hoje temos a "marcha das vadias", que derivou-se da cultura do estupro e de uma discussão entre mulheres e Polícia, por causa da forma pouco conceitual das mulheres vestirem-se. Daí, a história mostra que o corpo da mulher era e é objetificado. Até na maneira de vestir, existem os conceitos e se considera a mulher uma propriedade do homem, seja por omissão ou conivência.
Essa cultura do estupro é porque fecha-se os olhos e a impunidade reina em relação aos
estupradores, termina legitimando esse tipo de comportamento.
Diante da Lei Maria da Penha e maneira como os
homens são educados na sociedade, há mudanças drásticas? Há entraves jurídicos para um caso de aberração, como este caso da adolescente, estuprada no Rio de Janeiro, por mais de três dezenas de marginais.
A roupa pode ser provocante, é motivo para estupro? Desde quando estupro é punição? E, vejamos mais, quando em tese não há provocação? Qual o apelo sexual que uma criança de dois , três anos ou menos, faz para um estuprador?
No entanto, discutir igualdade de gênero desde as escolas, resolve também o problema? De modo nenhum, pois o respeito, a cada dia que se passa fica mais difícil de ser reconhecido numa sociedade de permissibilidade. Tenho dito.
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