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21 junho 2012

DO MEU OBSERVATÓRIO: A MOBILIDADE DE FAZ DE CONTAS

Andando pelas cidades do Recife, Olinda e Paulista, parecem uma coisa só, no tema do caos no transporte público. A capital do estado leva vantagem por causa do metrô. Os problemas são iguais, e observando friamente o tema da mobilidade, sabemos que há enormes desafios. Porém a resultante da vivência é desastrosa devido a falta de estreitamento ou aprofundamento nas questões pertinentes ao cenário de mobilidade proposto como modelo copiado do estrangeiro pelo Estado, para a  Região Metropolitana do Recife.

A política é desassociada dos anseios da população, não há articulação, e quando existe, inexiste reverberação,  pela falta da transparência explícita para os segmentos interessados e usuários e donos reais do modelo de transporte a ser implantado.

O grande desafio que temos, manifesta-se  justamente no transporte coletivo e  mobilidade urbana (que a temática não resume-se apenas a transporte coletivo) nem especificamente no que tange a deslocamento e preço da tarifa. Mas da cidade do Paulista ao centro da capital, gasta-se no mínimo com deslocamento, uma hora. Sem falar no tempo de espera antes e durante o percurso. Outro detalhe e grave, é que o valor da tarifa praticado na cidade está superfaturado. Pratica-se uma tarifa de anel "B", onde o correto e justo, pela distância seria de anel do tipo "A".

A radiografia da problemática, inclui uma série de fatores emblemáticos, falta de pragmatismo e essencialmente muita burocracia e desinteresse político, aliado a fins mercantis no tocante a monopólio. Observa-se também  obstáculos a gestão pública e bloqueios a iniciativa privada.

A dinâmica do modal apresentada nos fóruns de mobilidade é de uma capacidade e eficiência, anos luz da realidade vivida diariamente. Entendo que estes tecnocratas deveriam calçar as sandálias da humildade e apresentar um modelo realmente viável e compatível com a terra. Transporte de massa é prioritário com metrô e não exclusivamente com ônibus, tratando especificamente da RMR.

Gasta-se milhões com obras para as Copas de 2013-2014, tem-se PAC da Mobilidade, que envolve uma série de obras, sem se pensar vinte anos na frente. A requalificação de uma estrada, construção de arcos e  plano de mobilidade, sem se levar em conta aumento populacional e os fatores relacionados diretamente ao fato, implica infelizmente em chover no molhado. Outro detalhe reside na melhoria da condição econômica da população, possibilitando com incentivo governamental o acesso a compra de veículos automotores, sem pesar as condições das estradas, combustível utilizado e demais impactos no conjunto social.

Outro detalhe consiste na verticalização sem controle nos centros urbanos, desrespeito e má educação dos motoristas concernente aos pedestres, deterioração de calçadas, falta  de iluminação das vias, sinalização eficiente e acima de tudo acessibilidade e ações nefastas por parte (infelizmente) de policiais que fazem a fiscalização. 

Exemplo grosseiro: Em Jardim Paulista-Paulista, existe uma importante estrada, que faz ligação da área da praia com economia de tempo e combustível acessando a BR-101, denominada de Estrada do Frio. Danos ambientais com a implantação da via são observados, a margem da mata sob total parcialidade. 

Acidentes, mutilações e mortes, ocorreram e ocorrem no local. Denúncias, protocolos e projetos de melhoria para o local, tem-se a exaustão. Ultimamente, cortaram a energia do local, onde estava um verdadeiro breu. Após denúncias, restauraram a iluminação do local, que diga-se de passagem continua de péssima qualidade, onde existem famílias residindo na localidade que utilizam ônibus e os riscos são  grandes. 

Para completar o caos, inexiste sinalização em toda extensão da via, há fragrante desrespeito, por não observância do retorno em frente a UPA , para quem vai para o bairro da Mirueira. Nos acostamentos, parte foram danificados e não foram devidamente reconstituídos, resultando em  insegurança para os motoristas e pedestres que fazem caminhada no local e utilizam a via para economizar passagem, já que  a Integração de Pelopidas Silveira, o anel praticado é de tarifa "A". 

Portanto cabe a pergunta: Qual a intervenção que será praticada na via, antes da inauguração do Conjunto Residencial e implantação da obra comercial, pois antes destas obras, existem seres viventes, pagando com as próprias vidas pelo descaso governamental.

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