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23 junho 2012

DO MEU OBSERVATÓRIO: TEM GENTE QUE DESPREZA O REAL VALOR DAS COISAS



Sem querer ser sensacionalista, ou coisa parecida. Esta manhã, fui surpreendido por uma senhora que chamou-me para relatar um fato inusitado que ocorrera. Há poucos minutos atrás, uma pessoa pedindo auxílio, recebeu um pacote lacrado de fubá, com validade até dezembro/2012, sem ter o menor indício de ter sido atacado por algum roedor. A tal pessoa  recebeu o auxílio, não agradeceu, pegou o saco, abriu e jogou o produto em meio ao jardim do vizinho. Para uma cidade que tem quase 31 mil pessoas com fome, classifico como desperdício. 

Porém, segundo o Banco Mundial há critérios para ser caracterizado como sendo a ausência de condições mínimas, necessárias a sobrevivência humana: falta de  teto, estar enfermo e não poder ser atendido por um médico,  não poder ir a escola, não saber ler, não possuir trabalho, temer o futuro e viver dia após dia.

Do governo FHC para cá, as oportunidades de inclusão econômica e social melhoraram significativamente; a insuficiência da renda caiu, demonstrando de forma inconteste a importante presença das ações de governo na vida da sociedade. Assim não justifica, mas explica o caso. Com certeza a tal pessoa já teria fubá e estava esperando charque ou frango, pois já havia saído do ovo devido a melhora das condições.

Segundo IPEA, a classificação para o mapeamento de pessoas consideradas na condição de pobreza ou indigência no Brasil, atende a observação que pobre é todo indivíduo que obtenha uma renda mensal igual ou inferior a um salário mínimo (R$ 207,50). Indigente  é todo indivíduo que possua renda mensal igual ou inferior a um quarto do salário mínimo (R$ 103,75). 

A pobreza passa a se constituir em uma relação quantitativa, definida por absoluta e relativa passando objeto de análises. O Brasil é considerado um país de grande desigualdade de renda e riqueza. Estudo recente, demonstra de forma inconteste que apesar das políticas públicas em curso, os 10% da população em condição de maior riqueza, concentram 75,4% da riqueza gerada no país. 

O fato também a observar-se reside nas alterações do sistema econômico e implantação de programas de assistência social que ajudaram a reduzir a indigência e/ou mendicância, além de  diminuir o abismo entre a pobreza e a classe média no país. Porém, sociologicamente explica-se tal fato, mas na verdade, uma pessoa que coloca um pacote de fubá no jardim e poderia  compartilhar do mesmo, com três a quatro pessoas, nunca experimentou o real significado da palavra fome.

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