A determinação dada pelo prefeito da cidade de Aceh Singkil foi que os próprios membros efetuassem a demolição dos templos, e caso isso não acontecesse, a administração municipal iria se encarregar da ação. Apesar do prazo estar extrapolado, até agora nada aconteceu.
A ordem foi emitida no mesmo dia em que os grupos radicais islâmicos, incluindo a Frente de Defensores do Islã (FPI), fizeram um protesto em frente ao escritório do governo local contra a existência de igrejas em Aceh Singkil.
As autoridades também fecharam 16 undung-undung, pequenas construções não classificadas oficialmente como igrejas, após os protestos, embora o prefeito tenha afirmado que seu governo agiu de forma independente da iniciativa dos radicais. As undung-undung se diferem das igrejas por não serem denominacionais e não terem cruzes.
A FPI alegou que o número de igrejas e undung-undung viola os acordos assinados em 1979 e 2001 por líderes muçulmanos e cristãos. Os acordos afirmaram que os cristãos são autorizados a terem apenas uma igreja e quatro undung-undung na província.
Erde Barutu, pastor de uma das igrejas ameaçadas, Igreja Cristã Protestante de Pakpak Dairi, disse que, na epoca, os líderes da igreja só assinaram os documentos, porque estavam sob pressão e foram ameaçados. Ele acrescentou ainda que, o número de cristãos que vivem em Aceh Singkil, tinha aumentado significativamente desde 1979, e que agora somam mais de 15 mil. O fechamento de igrejas deixará apenas duas no distrito.
A maioria das 20 congregações, ameaçadas de demolição, continuam suas atividades e cultos com as portas dos templos fechadas e com alguns membros, do lado de fora, montando guarda contra possíveis ataques.
Os líderes cristãos escreveram cartas ao Presidente Susilo Bambang Yudhoyono, e aos departamentos do governo e da polícia para protestar contra o fechamento das igrejas.
O Ministro do Interior, Gamawan Fauzi,disse que não estava ciente dos planos de fechamento dos templos e que entraria em contato com o prefeito para pedir esclarecimentos, dizendo que “os cidadãos têm o direito de culto, desde que cumpram os regulamentos”.
do Portas Abertas

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