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Cria
do ex-governador Paulo Guerra, por quem foi estimulado a entrar na vida
pública, o ex-deputado José Mendonça Bezerra, já falecido, pai do
deputado Mendonça Filho, costumava repetir uma máxima que ouvia de
Guerra: político tem que ter lado, mesmo que venha a pagar um preço.
Mendonção,
como era conhecido, passou 50 anos na política e nunca contrariou seu
velho mestre. Marina Silva, pré-candidata ao Planalto, mais uma vez,
lançou o seu novo partido, no último fim de semana, em Brasília,
repetindo o mesmo erro da eleição presidencial de 2010.
Grande
surpresa do primeiro turno, a então candidata do PV não apoiou nem
Dilma nem Serra no segundo turno, optando pelo muro. E parece que gostou
tanto da postura cômoda que afirmou, após a proclamação da “Rede
Sustentabilidade”, esquisito nome da nova legenda, que não será nem
situação nem oposição.
Das
duas, uma: ou Marina viaja na maionese, achando que existe espaço na
política para a Diana do pastoril, ou não está levando seu projeto de
disputar à Presidência da República, mais uma vez, a sério.
Em
qualquer regime democrático, só existe um candidato da situação,
representado por quem está no poder. Na largada para consolidar seu novo
partido, Marina comete um grande equívoco.
Na
política, não existe espaço para meio termo, ou é se é oposição ou
governo. A ex-senadora perdeu um bom momento para se firmar como grande
alternativa de oposição ao PT, à política equivocada que se iniciou com
Lula, marcada por desmandos e escândalos.
Evangélica,
Marina conhece a Bíblia e deveria lembrar bem o conceito básico
cristão: seja frio ou quente, nunca morno, porque os mornos não sabem o
que querem. Na política, isso se chama fraqueza.
do Blog de Magno Martins
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