Aplicação da prova em alunos brasileiros visa confirmar se ela está adequada às diretrizes dos cursos de medicina
Criado em 2011, o Revalida teve índices de 90% e 91% de reprovação nos dois últimos anos
(Thinkstock)
Estudantes do 6.º ano de cursos de medicina no Brasil farão o Exame Nacional de Diplomas Médicos (Revalida)
no dia 25 de agosto. O exame é voltado a formandos de outros países que
querem atuar no Brasil, mas o Ministério da Educação (MEC) pretende
avaliar a ferramenta com estudantes do País.
O objetivo é entender se essa prova está adequada às diretrizes dos
cursos de medicina. Criado em 2011, o Revalida teve índices de 90% e 91%
de reprovação nos dois últimos anos. O edital do exame pré-teste foi
publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU).
As inscrições dos estudantes, que serão feitas pelas instituições de
ensino superior, começam nesta segunda-feira e seguem até o dia 25. Os
estudantes também deverão confirmar a inscrição.
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão
do MEC que realizará o exame, afirma no edital que os resultados não
serão divulgados. "O estudo tem por finalidade exclusiva subsidiar
análises sobre a avaliação aplicada na primeira etapa do Revalida, e com
ele não se confunde, tendo em vista sua adequação às Diretrizes
Curriculares Nacionais dos cursos de medicina", descreve o documento.
Não foi publicado no edital quantos estudantes serão avaliados. Na
semana passada, o Inep afirmou que pretende ter uma amostra
significativa de estudantes, de instituições públicas e privadas e de
diferentes regiões do País. Os alunos brasileiros que fizerem essa
versão do Revalida só terão de responder à parte teórica — o exame
original conta com atividades práticas. Mas essa prova será nos mesmos
moldes da original: avaliação objetiva com duração de cinco horas,
realizada pela manhã, seguida da discursiva, com tempo de três horas, à
tarde. A longa duração é uma das reclamações de quem não consegue ser
aprovado na prova.
O Revalida é obrigatório para médicos que se diplomaram em outros países e querem atuar no Brasil. Entretanto, o Programa Mais Médicos
prevê a importação de profissionais estrangeiros para atuação em
cidades do interior e da periferia, sem a exigência de revalidação dos
diplomas. A decisão provocou críticas de entidades médicas brasileiras. O
programa tem o objetivo de atender à demanda por profissionais no
Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, a decisão de aumentar de seis
para oito anos o tempo de duração dos cursos de medicina no Brasil, com
obrigação de passagem pelo SUS.
(Com Estadão Conteúdo)
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