No último mês de
junho, a capital pernambucana deu um show em diversas outras cidades
brasileiras ao promover um protesto de grandes proporções e permeado por
um clima pacífico e democrático. Cerca de cem mil pessoas lotaram as
principais ruas do centro para reivindicar direitos e exigir melhorias
dos governantes. O Recife figurou nos grandes noticiários não apenas
como mais uma localidade a aderir à onda de manifestações; ganhou
destaque por ter sido um dos poucos lugares a promover um ato pacífico.
Apenas dois meses se passaram, tempo suficiente para a lição ser esquecida.
Ontem a cidade
dormiu vandalizada e acordou estampada nas capas dos principais jornais
do país. Uma pequena parcela da população, que insiste em viver à margem
da sociedade, mostrou que acha pouco a falta de projetos eficientes por
parte do poder público, incompetência que deixa a cidade imersa em
sujeira, buracos e seus moradores reféns da violência, e decidiu
contribuir para o desgoverno da capital pernambucana promovendo atos de
puro vandalismo.
A polícia
recifense, repreendida tanto pela sociedade quanto pelo poder público,
deu uma aula de como ser ineficiente: ônibus foram incendiados, pedras
atiradas, o patrimônio público destruído... e ninguém foi preso.
O prefeito Geraldo Julio (PSB), no auge da sua sabedoria, permitiu que a cidade que ele deveria governar fosse vitimada pela vagabundagem de uma minoria asquerosa que insiste em organizar badernas e disfarçar seus crimes sob o pretexto de estarem exercendo seu direito de protestar.
O prefeito Geraldo Julio (PSB), no auge da sua sabedoria, permitiu que a cidade que ele deveria governar fosse vitimada pela vagabundagem de uma minoria asquerosa que insiste em organizar badernas e disfarçar seus crimes sob o pretexto de estarem exercendo seu direito de protestar.
O Recife não
precisa de atos como o da noite de ontem. A cidade, do jeito que está
sendo administrada, é autossuficiente em produzir histórias negativas.
Os moradores conseguiram se acostumar com a falta de cuidado e,
anestesiados, parecem ter encontrado uma forma menos dolorosa de lidar
com as perdas que a incompetência do alto escalão municipal lhes impõe.
Quem quer reinvindicar direitos e age de conforme a lei não precisa esconder o rosto com máscaras e lenços. Quem esconde o rosto é bandido, criminoso, ladrão, e a polícia parece ter desaprendido a lidar com esse tipo de gente.
Quem quer reinvindicar direitos e age de conforme a lei não precisa esconder o rosto com máscaras e lenços. Quem esconde o rosto é bandido, criminoso, ladrão, e a polícia parece ter desaprendido a lidar com esse tipo de gente.
O recifense quer uma resposta para a passividade da polícia e das autoridades. O patrimônio público não pode ser destruído e os criminosos saírem impunes. Se a prefeitura decide fechar os olhos e entregar os pontos, o Governo do Estado precisa agir. Alguma coisa está errada e a população, mais uma vez, é quem paga o pato.
do G1.
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