Matéria do ScienceDaily traduzida e adaptada por Cesar Grossmann para o HypeScience:
Teoria Orch OR: descoberta de vibrações quânticas cerebrais apoia teoria controversa sobre a consciência
Uma
das hipóteses para explicar a consciência mais controversas surgidas
nos últimos 20 anos foi criada pelo físico-matemático Sir Roger Penrose.
Segundo ela, a consciência seria o resultado de fenômenos quânticos
acontecendo ao nível dos neurônios.
Esta hipótese ou teoria tem sido muito criticada. Um dos problemas
alegados seria que o cérebro é um ambiente muito úmido, quente e ruidoso
para que fenômenos como coerência quântica se manifestem. No entanto,
já foram demonstrados fenômenos quânticos na orientação das aves, na
fotossíntese, e no nosso sentido olfatório.
Em
uma revisão de 20 anos da teoria “Orch OR” (Orchestrated Objective
Reduction, ou Redução Objetiva Orquestrada), os autores Stuart Hameroff e
Sir Roger Penrose afirmam que, das 20 previsões testáveis da teoria, 6
foram confirmadas, e nenhuma foi refutada.
A
mais recente confirmação, segundo os autores, foi a descoberta de
vibrações quânticas em microtúbulos dentro dos neurônios. A descoberta,
realizada por um grupo de pesquisadores liderados por Anirban
Bandyopadhyay, do Instituto Nacional de Ciências Materiais em Tsukuba,
Japão (e atualmente trabalhando no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, nos EUA) sugere que os ritmos observados em
eletroencefalogramas (EEGs) derivam de vibrações em microtubos.
Outro trabalho, feito pelo laboratório de Roderick G. Eckenhoff, na
Universidade da Pensilvânia (EUA), sugere que a anestesia, que desliga
de forma seletiva a consciência, ao mesmo tempo que mantém as atividades
não conscientes do cérebro, também atua via microtúbulos nos neurônios
cerebrais.
Os
microtúbulos, vibrando na frequência de megahertz, acabam gerando
padrões de interferência, ou “batimentos” em frequências menores,
batimentos estes que aparecem nos EEGs. Em testes clínicos, o cérebro
foi estimulado com ultrassom transcraniano, e foram relatadas melhoras
de humor, que talvez venham a ser úteis no tratamento de Alzheimer e
danos cerebrais no futuro.
Os
autores Hameroff e Penrose afirmam que, depois de 20 anos de críticas
céticas, “a evidência agora claramente apoia a Orch OR”. Eles acreditam
que tratar as vibrações dos microtúbulos cerebrais poderá trazer
benefícios a várias funções mentais, neurológicas e cognitivas.
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