Rádio A Melhor do Universo

15 março 2011

A CÂMARA FEDERAL, MAIS DISTANTE AINDA DO POVO.


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Ontem no programa Roda Viva, houve a participação do presidente da Câmara,Marco Maia (PT/RS) que conseguiu apoio de 21 dos 22 partidos representados na Câmara e vai comandar os destinos da Casa pelos próximos dois anos.
O Roda Viva, foi apresentado por Marília Gabriela,contou na bancada de entrevistadores formada pelos jornalistas Augusto Nunes, Paulo Moreira Leite, Eliane Cantanhêde e Delmo Moreira, além do cartunista Paulo Caruso. Confesso que tive o desprazer em assistir  a entrevista,e muito mais quanto a explanação do deputado,tratando dos seus planos, compromissos assumidos, de corporativismo e de governo,dando um show de nulidade. (Fiquei até o final,haja visto o ilustre, ser detentor do 3º cargo mais importante da nação). Não posso negar o fato de  que o Congresso fez realizações importantes,como o projeto da casa própria e luz para todos. Ora,os  ilustres deputados são bem pagos para isto,eles  estão lá para realizarem projetos em defesa de uma melhor qualidade de vida para o povo. Mas é inequívoco o desgaste de relacionamento entre o Congresso e a população. As prioridades não são as mesmas. Os objetivos são inversamente proporcionais,e as solicitudes mais urgentes, são trocadas por demandas políticas,acordos de lideranças e engavetamento ou protelação de projetos. Exemplo básico e indigesto, foi a velocidade de executabilidade quanto a equiparação dos salários dos congressistas. Onde a mesma competência não foi visualizada na punição de políticos corruptos,no aumento do salário mínimo,na discussão da reforma política e tributária. No aumento dos salários de pensionistas e aposentados. Na votação do projeto de aumento dos policiais e do piso salarial dos Agentes de Saúde e Endemias,etc. Assim a  impressão que o deputado  deixou-me foi de predominância da força anti a razão, e  que  fugiu do embate.  Acusou os jornalistas de concentrar-se apenas nas coisas ruins. Falou de ética e moralidade,sem demonstrar nenhuma ação efetiva quanto a punição de fato dos seus pares. Portou-se como bom escudeiro e defensor  do governo Lula,mas não defendeu a Câmara.  Afinal, seria uma tremenda contradição defender o indefensável.  O que causou-me um grande espanto, foi o deputado defender a liberdade de expressão e ao mesmo tempo,afirmar que os jornalistas não representam a opinião do povo.  Aí eu me pergunto: Se os jornalistas não representam os anseios da população quando  trazem à tona os desmandos dos parlamentares,quem é que vai fazer este papel investigativo? Porque quanto  ao papel corporativo,exceto no período  eleitoral, já conhecemos quem faz muito bem este papel. Infelizmente,observo um abismo de visão,pelo que senti na ótica do presidente da Câmara e dos reais anseios do povo.  Resumindo: Temos um presidente da Câmara mais preocupado com a imagem do que com a substância.   Com isto os reais interesses do povo ficam relegados a terceiro ou quarto plano. Espero estar errado e fazer um comentário positivo do presidente da casa.

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