BRASIL SORRIDENTE DEIXA PAÍS SEM DENTE?!

 

Ouvindo a conversa de um ACS com a odontóloga,sobre a dificuldade encontrada na área de atuação. Eu fiquei observando o que acontece no  sistema de saúde. A Política Nacional de Saúde Bucal apresenta, como principais linhas de ação, a viabilização da adição de flúor a estações de tratamento de águas de abastecimento público, a reorganização da Atenção Básica (especialmente por meio do Programa  Saúde da Família) e da Atenção Especializada (através, principalmente, da implantação de Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias). O Brasil deveria de fato avançar na prevenção e no controle da cárie   em crianças. Porém, a situação de adolescentes, adultos e idosos está entre as mais tristes do mundo. Fazendo um diagnóstico preliminar no bairro em que moro,detecta-se facilmente o caos. Quando tem-se profissional qualificado,falta material. Quando tem material falta profissional,e agora falta até  unidade domiciliar para o profissional atender a população. Que ainda é penalizada pela escassez de fichas,devido a demanda ser exorbitante.  E ainda por cima, a morosidade no serviço, como por exemplo um simples canal,levar-se mais de dois meses para a conclusão do tratamento.

Visando amenizar o quadro, o governo federal cria  o Brasil sorridente, que deveria reunir ações em saúde bucal, voltadas para cidadãos de todas as idades. O que de fato não acontece. Há desigualdades na dinâmica e redução de fichas,além de uma anti-política de inclusão social no CEO. QUEM PRECISA SABE DO QUE ESTOU FALANDO. Lógico, que o Programa diminuiu consideravelmente o número de banguelos e melhorou o atendimento de serviços odontológicos especializados. O que eu falo é que a Política  do Brasil Sorridente propõe-se  a  garantir as ações de promoção, porém deve-se ter um gerenciamento mais efetivo na distribuição das fichas para que haja de fato  e de direito,prevenção e recuperação da saúde bucal, que é fundamental para a saúde geral e a qualidade de vida da população. Enfim ,eu ouço falar de investimentos e incentivos para a saúde bucal,crescimento nos atendimentos e em contrapartida a população carente e desassistida que eu conheço não tem o acesso a este tão propagado sistema. Chegam de madrugada nas filas e os livros de consultas já estão todos preenchidos por 'fantasmas'. Pois nas filas,arriscando-se nas madrugadas,os ghosts não aparecem.