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10 junho 2011

Juíza usa colete à prova de balas em audiência em que réus são 19 PMs

A audiência é realizada no Fórum de Tabira e é referente ao processo de dezembro de 1998 em que policiais militares são acusados de agredir e torturar dois moradores da zona rural do município.

A violência no interior do Estado assusta até a Justiça. Nesta quinta-feira (9), em Tabira, município localizado há 398 km do Recife, uma juíza realiza uma audiência usando colete à prova de balas. É que, no banco dos réus, há 19 policiais militares (PMs).
A audiência pública no Fórum de Tabira é referente ao processo de dezembro de 1998 em que 19 PMs são acusados de agredir e torturar dois moradores da zona rural do município. Em julho de 2010, 11 anos depois, o Ministério Público ofereceu denúncia à Justiça.

Durante a audiência nesta quinta, o advogado da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados, responsável pela defesa, tentou adiar a audiência, alegando que nem todos os PMs — que estão em liberdade e trabalhando normalmente — receberam uma intimação para comparecer ao Fórum.

A juíza Fabíola Michele Muniz usa um colete à prova de balas e foi acompanhada por policiais civis ao Fórum. A juíza saiu do Recife na última quarta-feira (6) e solicitou escolta da PM, que a acompanhou da cidade de Sertânia a Afogados da Ingazeira. Mas, a pouco quilômetros de Afogados, estranhou o fato de o carro da PM ter parado bruscamente, sentiu-se insegura e saiu em alta velocidade até a cidade, onde pediu apoio à Polícia Civil.

O comando local da Polícia Militar informou que parou o veículo para tentar prestar auxílio à juíza na PE-292, já que a rodovia estadual tem muitos buracos.


Da Redação do pe360graus.com

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