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25 julho 2011

´Faxina`nos Transportes deve, enfim, derrubar Pagot

Diretor do Dnit chegou a afirmar que parte dos recursos desviados teria ido para o caixa de campanha da então presidenciável Dilma
´Faxina`nos Transportes deve, enfim, derrubar Pagot
O escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes, deve culminar nesta segunda-feira (25) na demissão do 18º integrante da pasta: Luiz Antonio Pagot, diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Pagot entrou em férias logo após ter seu afastamento determinado pela presidente Dilma Rousseff, no início do mês. Em conversas com aliados, Dilma já havia dito que o diretor não voltaria ao cargo.

Pagot deve entregar sua carta de demissão ainda nesta segunda-feira, de acordo com o jornal O Globo. A decisão teria sido tomada após conversa com seu padrinho político, o senador Blairo Maggi. “Falei para ele não ficar preocupado: ‘Vamos tocar a vida para frente. Política é assim mesmo. Entrega suas coisas e volta para a iniciativa privada’", afirmou Maggi ao jornal.

O diretor do Dnit vem resistindo à ideia de deixar o posto – e já chegou, inclusive, a ameaçar o governo em algumas entrevistas. Pagot afirmou que parte dos recursos desviados teria sido encaminhada ao caixa de campanha da então presidenciável Dilma Rousseff. O diretor afastado também teria citado o nome do ex-ministro do Planejamento e atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, como um dos negociadores para que as obras tivessem o orçamento acima do valor de mercado.

Em depoimento ao Congresso, porém, Pagot preferiu poupar o governo. Na Câmara e no Senado, o diretor do Dnit negou irregularidades nos contratos firmados entre o órgão e empreiteiras e poupar o PT de qualquer acusação. Após os depoimentos, a permanência de Pagot chegou a ser cogitada por membros do governo e do PR, mas foi rechaçada por Dilma, que considera a saída do diretor essencial no processo de limpeza a que deu início nos Transportes.

Oposição

Apesar da série de demissões que tiveram início após a revelação do esquema de corrupção operado nos Transportes, a oposição considera que as ações do governo ainda não foram suficientes para limpar a pasta – e insistirá na convocação do ministro Paulo Passos ao Congresso.

A tática dos oposicionistas é aproveitar o recesso parlamentar para tentar votar a convocação do ministro. "O afastamento do ex-ministro e outros 17 integrantes do ministério não pode encerrar o caso. O ministro Paulo Sérgio Passos ficou de fazer a faxina nos Transportes e é preciso saber se ele vai usar a vassoura para varrer a si mesmo", afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, ao jornal O Estado de S. Paulo.
 
Fonte: Veja / Agência Câmara

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