Deu no Blog de Inaldo Sampaio que o ex-presidente Lula volta hoje a Pernambuco para um compromisso de ordem privada: abrir, na condição de palestrante, a 31ª convenção anual da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). Ex-presidente da República, no Brasil e nos Estados Unidos, é um dos melhores empregos do mundo. O sujeito é permanentemente convidado para proferir palestras em seu país, e no exterior, cobrando por cada participação 20 vezes mais do que ganhava no cargo de presidente.
No caso do Brasil é vantagem é ainda maior. Diferentemente dos EUA, onde o presidente pode ser reeleito, mas está impedido de disputar o 3º mandato, no Brasil a vedação constitucional alcança apenas a chamada re-reeleição (3º mandato consecutivo). Significa que Lula e FHC, se tiverem interesse, podem disputar um terceiro mandato. FHC já passou dos 80 e não quer mais saber de disputa eleitoral. Mas não abre mão de fazer palestras, escrever artigos e opinar sobre os rumos do PSDB.
Já Lula tem só 64 anos e embora negue qualquer aspiração pela presidência da República em 2014, trabalha dia e noite pela volta ao poder e o vento sopra em seu favor. Conforme disse no Recife há três semanas, não consegue viver sem fazer política. Assim, ao abrir hoje a convenção da Abad ele estará fazendo o que sabe e gosta (falar para grandes auditórios), pavimentando o caminho para tentar a volta ao Planalto daqui a três anos, e embolsando cerca de 200 paus por uma hora de conversa.
Ainda tem mais,como ex-presidentes da República, Lula e FHC têm direito a oito assessores pagos pela União. Quatro fazem a segurança deles e os outros quatro são de apoio pessoal (dois motoristas e dois assessores para assuntos diversos).
Ainda tem mais,como ex-presidentes da República, Lula e FHC têm direito a oito assessores pagos pela União. Quatro fazem a segurança deles e os outros quatro são de apoio pessoal (dois motoristas e dois assessores para assuntos diversos).
Em suas viagens ao exterior, diz o jornal “O Globo” deste domingo, Lula não abre mão da companhia do tradutor que o assessorava no Palácio do Planalto, Sérgio Ferreira, já que não sabe falar outra língua.
Fernando Henrique Cardoso não precisa de tradutor (salvo em casos excepcionais) porque fala corretamente o espanhol, o inglês e o francês, e arranha o alemão.
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