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18 setembro 2011

DO MEU OBSERVATÓRIO: O AR QUE RESPIRAMOS.

O ar que respiramos já não é de boa qualidade  e está ficando cada vez mais raro. A contribuição que recebemos dos nossos  ilustres e nobres legisladores eleitos para defender os nossos interesses são de total omissão quanto a essa  prioridade.  Parecendo até com  um personagem bíblico,a rainha Ester. 

A Bíblia narra a passagem em que havia um edito real,consentindo na  morte de todos os judeus. A rainha, estava absolutamente alheia ao assunto, como se não fosse do seu interesse. Até que o seu tio (Mardoqueu),abriu-lhes os olhos,alertando-a que, mesmo sendo rainha,a sua nacionalidade  iria ser a causa  para igualmente perecer. 

Na iminência da morte,a rainha Ester,movimentou-se junto ao rei,fez o que devia e podia,invertendo a situação,dando ao povo a oportunidade de lutar por sua vida.

O tema ambiental,que faz parte do programa de quase todo candidato antenado, é só fachada na maioria dos casos. Tema de importância ímpar,o Código Florestal,devido a tantas tramitações no Congresso, demonstra simplesmente que não há interesse da maioria dos legisladores no assunto que é  vital para todos.

A fragilidade da legislação,aliada ao desinteresse, faz com que temas ambientais sejam barrados e não sendo abordados com eficácia,não se situando na crista da onda  vão sendo esquecidos.
Um péssimo  exemplo de desinteresse florestal e falta de fiscalização (até que se prove o contrário) e órgãos responsáveis situa-se  em Paulista,revelando o quanto precisamos estar atentos para enfrentá-los.

Não faço a crítica simplesmente por fazer. Quem circulava pela cidade de Paulista nos anos 80,sentia o clima ameno já na Cidade Tabajara. Quem andava pela Manepá,notava a diferença. E em Jardim Paulista: Havia a mata do frio,cujo nome  já diz tudo. Hoje o que se observa é uma grande devastação e destruição com aval legal.

O que eu acho mais interessante, são os grandes grupos econômicos criticarem o  Código Florestal. Lógico que os segmentos políticos e econômicos defendem a criação de uma nova lei,cujos interesses são denunciados por suas próprias atitudes.

Voltando a Paulista, a temperatura só aumenta.  É efeito estufa?.  Mas também tem a derrubada da mata para expandir cemitério particular,falta de fiscalização na zona de manguezais,invasões em locais de mata..... Assim, todos contribuem um pouco com o caos. Ainda  tem-se  anistia aos desmatadores,que é entendido,como incentivo a novas empreitadas contra a natureza, haja visto já se ter precedente que  garantem isenções generalizadas aos infratores do meio ambiente.

O certo é que o estímulo ao desmatamento é dado devido a morosidade de definições e de uma lei específica  com cumprimentos sem exceção aos infratores. Queria acreditar nisto. Se não conseguem definir  o desmatamento antes de 2008,e estamos próximos ao fim de 2011,alie-se ao processo, brechas legais e supervalorização fundiária. Temos um longo caminho a percorrer de destruição e importação de oxigênio não se sabe de onde.

Tentar corrigir o projeto no Senado, voltar a debatê-lo na Câmara não é o caso. A presidenta Dilma tem de exercer a autoridade constituída e bater o martelo com a ajuda do STF em favor da vida. Não é possível que esta situação perdure.

Outro ponto é que temos de cessar com a triste idéia de  desenvolvimento a qualquer custo,passando por cima da sustentabilidade ambiental. Não é a comunidade científica quem diz,esta só atesta, o que  a própria natureza sinaliza, quanto  o  atual modelo que está alienado.

Eu lembro dos debates entre os presidenciáveis,cujo os desafios pareciam inexistirem, e as leis ambientais não saíram ainda do papel com toda eficácia. Alie-se também, não se fortalecer a agricultura familiar com a devida atenção que o tema merece e expandir  incentivos ao não desmatamento.
  
Infelizmente,instrumentos de gestão são esquecidos e a cada dia são implementados pelo estado formas de seguir na contramão (exemplo:Termoelétrica no Cabo de Santo Agostinho),contrariando a nova consciência ambiental e levando-nos a morte.

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