Tão perto e ao mesmo tempo tão longe. É assim que está a Comunidade dos Canos, localizada no bairro de Jardim Paulista, Grande Recife, em relação ao acesso ao saneamento básico. Margeada de um lado pelo Rio Paratibe e por outro pela Avenida Tancredo Neves, a pequena comunidade, composta por três ruas, se situa, literalmente, em cima de uma estação de tratamento de esgoto da Compesa, mas mesmo assim os moradores não sabem o que é ter acesso a esgoto e fornecimento diário de água.
Instalados no local há mais de trinta anos, os moradores também não são devidamente atendidos por outros serviços básicos, como os Correios, a coleta de lixo e a iluminação pública. Além disso o aglomerado de casas também é cortada por um canal de água suja que sai da estação de tratamanto e atravessa a comunidade até ser despejado no rio.
Em diversos pontos a água suja misturada com fezes chega a minar do chão, invadindo casas e ruas. "Estamos aqui esquecidos", resume a líder comunitária Priscila Marçal, 28 anos, que luta como pode pela comunidade.
A Secretaria de Habitação de Paulista explica que esses moradores devem ser atendidos pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, mas admite que não há previsão de quando o município vai construir novas casas. "Existe atualmente uma área a ser desocupada às margens da PE-22, onde devem ser construídas cerca de duas mil casas para a população cadastrada no programa, mais ainda não existe previsão de quando a área será liberada para essa construção", explica o diretor de Habitação de Paulista, Alberto Anjos.
do NE10
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