Ataque atinge zona residencial de Aleppo um dia após explosão na capital.
Tropas do governo realizam operações em várias regiões do país em crise.

Um carro-bomba explodiu em uma área residencial da cidade de Aleppo, na Síria, neste domingo (18), deixando pelo menos três mortos e 25 feridos até agora, segundo a oposição do país, imerso há mais de um ano em uma crise política que beira a guerra civil.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que o ataque atingiu o bairro de Suleimaniye, em uma região próxima à sede dos serviços de segurança na segunda maior cidade síria.
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A TV estatal confirmou que houve uma explosão "terrorista", mas não citou cifras.
Moradores disseram à entidade oposicionista, com sede em Londres, que viram corpos nas ruas e relataram uma explosão pesada, que abalou a região.
Destruição provocada no local da explosão de carro-bomba neste domingo na cidade síria de Aleppo, em foto divulgada pela agência oficial SANA (Foto: AFP) Na véspera, duas explosões deixaram pelo menos 27 mortos e quase cem feridos em Damasco, capital do país em crise.
A Síria enfrenta, há mais de um ano, uma rebelião contra o contestado governo do presidente Bashar al Assad.

A repressão aos protestos matou mais de 8.000 pessoas, a maioria civis, segundo a ONU.
O atentado deste domingo é pelo menos o quinto com uso de carro-bomba que atinge uma grande cidade da Síria, desde o início da revolta.
Ativistas e o governo já trocaram acusações em atentados anteriores.
Como o governo restringe o trabalho da imprensa, é difícil estabelecer quem é responsável pelos ataques.
Repressão continua
A oposição também informou que as tropas do governo executavam neste domingo operações militares em muitas províncias do país, onde manifestantes saíram às ruas para exigir a queda de Assad.
A oposição também informou que as tropas do governo executavam neste domingo operações militares em muitas províncias do país, onde manifestantes saíram às ruas para exigir a queda de Assad.
Ações militares com tanques e veículos de tropas aconteceram em Jabal al-Zawiya, na província de Idleb (noroeste).
Na mesma região, uma grande manifestação acontecia na cidade de Habit.
Em Damasco, uma passeata reuniu centenas de pessoas. As forças oficiais e as milícias ligadas ao regime agrediram Mohammed Sayyed Rassas, dirigente do Comitê de Coordenação para a Mudança Nacional e Democrático (CCMND), segundo o OSDH.
Rassas foi detido ao lado de vários jovens que participavam na manifestação organizada pelo CCMND, que reúne partidos nacionalistas árabes, curdos, socialistas e marxistas, assim como personalidades independentes.
Confrontos também foram registrados em Artuz, Atareb e Aazaz, assim como em Deir Ezzor.
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