No momento em que tenta dar o xeque-mate da sua reeleição, abrindo, inclusive, interlocução com a direção nacional do PT, o prefeito João da Costa teve o dissabor de ser informado, ontem, que o relator das contas da sua gestão referentes ao exercício de 2009 deu parecer contrário à sua aprovação.
Para o conselheiro Carlos Porto, o prefeito não investiu os 25% do orçamento em Educação e 15% em Saúde, conforme estabelece a Constituição. Falando, ontem, ao Frente a Frente, João disse que não houve, ainda, um desfecho das contas, mas apenas um voto isolado do relator, que, segundo ele, se observa no campo da interpretação técnica e não em desvios de recursos.
“O TCE não quer entender que gastos com fardamento também se constituim em investimentos em Educação”, disse. Interpretação técnica à parte, o fato é que a leitura do relator já provocou danos políticos.
Pré-candidato do PPS a prefeito, o ex-deputado Raul Jungmann anunciou que vai entrar no Ministério Público com um pedido de afastamento de João da Costa.
Se já vinha enfrentando dor de cabeça com o PT e com o movimento dos alternativos na Frente Popular, o prefeito terá, a partir de hoje, quando regressa de Brasília, mais um tremendo abacaxi para descascar.
Um ingrediente amargo que não contava, justamente no momento em que colhe ainda os dividendos políticos da visita de Dilma ao Recife, para inaugurar um conjunto habitacional.
do Blog de Magno Martins
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