Órgão do governo americano ainda culpou a entidade extremista nos confrontos na Síria
O Departamento de Estado americano informou nesta sexta-feira que o grupo radical libanês Hizbollah planeja um ataque iminente à Europa ou algum outro lugar, com o auxílio de autoridades iranianas.
"Estimamos que o Hizbollah poderia atacar a Europa ou em algum outro lugar a qualquer momento", disse Daniel Benjamin, coordenador da divisão de luta contra o terrorismo no Departamento, ao destacar que o grupo libanês e Teerã mantêm "alto nível de atividade terrorista" e poderiam fazer operações no futuro.
O órgão do governo americano ainda culpou a entidade extremista pelo que chamou de "papel central" nos confrontos na Síria, dando apoio ao regime de Bashar Assad.
"Queremos mostrar as atividades do Hizbollah no país e seu papel central na violência contínua que o regime de Assad impõe ao seu povo".
Os Estados Unidos acusaram o grupo, que é qualificado como terrorista por Washington e suspeito de ter relações com o Irã, de fornecer treinamento e apoio logístico ao regime nos combates contra os rebeldes.
Na quinta (9), a embaixadora americana na OU, Susan Rice, disse que o movimento radical libanês e o regime sírio formam um "eixo de resistência" com o país persa, que considera "ruim não só para o Irã, mas também para a região e os nossos interesses".
Acusações
Estados Unidos e Israel acusam o Irã de envolvimento com o terrorismo mundial e citam o Hizbollah como seu principal agente em atentados em todo o mundo. A condenação e a denúncia da relação entre Teerã e o grupo libanês são mais comentadas pelas autoridades do Estado judeu.
No dia 23, o presidente de Israel, Shimon Peres, disse que Teerã está em "guerra aberta" contra Israel após acusar o governo do país persa de ter planejado o ataque contra turistas do Estado judaico na Bulgária, no dia 18.
Em entrevista à rede de televisão CNN, Peres afirmou que existem "informações suficientes" dos serviços de inteligência para respaldar a suspeita contra Teerã e incluir o grupo radical libanês Hizbollah como responsável pela ação.
No dia 21, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu acusou o Irã e o Hizbollah de serem responsáveis não só pelo ataque na Bulgária, mas por outras ações em Tailândia, Geórgia, Índia, Grécia e Chipre que deixaram israelenses mortos.
Os israelenses também alegam que o Irã esteja preparando uma bomba atômica para atacar o Estado judeu, em meio à polêmica provocada pelo programa nuclear persa. Teerã nega, dizendo que o enriquecimento de urânio que faz se destina a geração de energia e tratamentos médicos.
O governo iraniano se manifestou diversas vezes de forma contrária a Israel. Nos últimos anos, o presidente Mahmoud Ahmadinejad negou a ocorrência do Holocausto, a execução de judeus durante o regime nazista na Europa, em meio à 2ª Guerra Mundial, que é considerada genocídio pela comunidade internacional.
da Folha.com
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