Nem precisa entender de estatística e das metodologias das pesquisas de mercado para saber o quanto é possível manipular os números de uma pesquisa eleitoral. Infelizmente para a maioria dos políticos o fim (ser eleito) justificam os meios:
- Toda pesquisa pode ser direcionada e levar a um resultado pré-determinado, basta saber onde e quando pesquisar, o resultado passa a ser verdadeiro, por ser a opinião dos entrevistados, mas pode não representar a realidade por ter sido direcionada.
- Institutos de Pesquisa tendem a querer agradar o seu contratante e por isso tendem a mostrar resultados agradáveis para poder gerar novos contratos.
- Contratantes de pesquisas tendem a divulgar pesquisas apenas quando e se o resultado lhes for favorável, não importa que método seja utilizado para obtê-lo, caso contrário os resultados ficam guardados na gaveta apenas para servir de orientação para novas estratégias que visem mudar tal quadro.
- Já vi, no meu pouco tempo de acompanhamento político, alguns casos de virada eleitoral que contrariaram qualquer resultado de pesquisa, como Luiziane Lins em Fortaleza (2004) e Jaques Wagner na Bahia (2006), coincidentemente ambos do PT.
- Mesmo depois de tabulados os números, eles podem ser levados para baixo ou para cima dentro da margem de erro para beneficiar o candidato contratante.
Por isso, para mim, pesquisa eleitoral é igual opinião médica, é sempre bom ouvir mais de uma fonte e ouvir também o conhecimento popular, a voz das ruas, a voz dos irrigantes, a voz dos caatingueiros, a voz dos ribeirinhos, não só as do centro da cidade, mas também das ruas da esquecida periferia, sem asfalto, sem saúde, sem a atenção do poder público, mas ainda com muita poeira e muitas carências...
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