O instituto do voto vem sendo exercido desde há muito em nossa Pátria, seguindo uma prática milenar e universal.
O voto faz subir quem está em baixo e manter em cima quem já subiu.
Mas faz com que alguns desçam, para ceder o lugar aos que foram levados (e elevados).
O voto prestigia o honrado, mas também pode glorificar o desonesto e corrupto.
O voto é anônimo, por ser secreto. Mas conta, por ser válido.
Pelo voto já brilharam no Parlamento algumas das mais ilustres figuras da República. Aliás, desde o Império.
Pelo voto foram eleitos estadistas notáveis no passado e quase nenhuns, no presente. Quanto ao futuro, só Deus sabe.
O voto já humilhou o Congresso com a ascensão de figuras intelectualmente grotescas, moralmente esdrúxulas e religiosamente animalescas.
O voto elegeu um Rui, e também muitos ruins. Já elevou um Nabuco e também vários sabugos. Já elegeu Quadros e também quadrados. Deu asas a grandes mestres bem como a quase-analfabetos.
Como se fosse um estádio, o voto já enviou uma coleção de atacantes e até goleiros.
Como se fosse uma penitenciária, já elegeu indivíduos comprometidos com a prática de roubo e congêneres.
Como se fosse um ringue, o voto já enviou ao Parlamento vários especialistas em socos e pancadas.
Quando alguns poucos eleitores se revoltam com os desvios legitimados do voto, apelam para o instituo do veto, que os tribunais validam, já faz um bom tempo.
Cada eleição tem duas marcas: a do voto e a do veto. O voto depende de presença, o veto se faz com ausência. A pessoa aparece, mas o voto, não. Ou se torna incolor ou muda de direção.
O voto adiciona, o veto subtrai.
O voto atinge o alvo. O veto busca alternativas. Mas, tanto há votos sábios quanto vetos tolos. E vice-versa.
Daqui a alguns meses milhões de brasileiros voltarão às urnas. A maioria, para votar. Muitos outros, para vetar.
Alguns não receberão votos porque já foram vetados pelo STF. Outros não se elegerão, porque receberão vetos e não votos.
A obrigatoriedade do voto no Brasil conclama os seus cidadãos para uma das duas alternativas: voto ou veto.
Por causa de um par de sapatos, ou quatro pamonhas, ou uma cesta básica, alguns serão votados.
Outros, por causa de propostas indecorosas, sobretudo no tocante â Família, serão vetados. Serão punidos com o voto do veto, posto que seus famigerados intentos não cessam de ameaçar o veto do voto.
As eleições chegarão. Decisivas para o Brasil, que sofre a ameaça de perder de uma vez por todas sua tradição de amor à Moral, honra à Família e devoção a Deus.
Prepare-se desde agora e decida com firmeza. Dar o voto a um sempre significará vetar o outro. Vejam em quem votar e saibam a quem vetar.
Deus salve nossa Nação!
Texto de Pr. Geziel Gomes
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