Saiu hoje na coluna de Ilimar Franco, no sítio do jornal O
Globo:
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As conversas sobre a fusão do DEM ao PMDB serão retomadas. O
DEM vai sair do pleito bastante enfraquecido. Sua direção já vinha sendo
pressionada por deputados estaduais e federais, que precisam de bases fortes
para enfrentar a reeleição. Seu presidente, o senador José Agripino (RN),
interditou o debate no início do ano. Naquela época, o partido sonhava vencer
em quatro capitais.
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No início da campanha eleitoral deste ano, os demos até que ficaram animadinhos com algumas pesquisas e, principalmente, com o incentivo da mídia “privada”. Teve gente que garantiu que o DEM sairia ressuscitado do pleito municipal. Alguns “calunistas” já davam como certa a vitória de ACM Neto, em Salvador, e de Moroni Torgan, em Fortaleza. Mas a vida é dura e o eleitorado não é bobo. As sondagens na reta final da campanha serviram como ducha de água fria nas aspirações dos oligarcas conservadores do DEM.
Diante do possível desastre, os demos voltam a debater a
extinção da legenda. Logo após as eleições de 2010, com a derrota de vários
coronéis da sigla (como Marco Maciel, Heráclito Fortes, César Maia, entre
outros), o DEM entrou em crise. De mais de 100 deputados eleitos no reinado de
FHC, a sigla despencou para 45 deputados. Para piorar, em meados do ano
passado, alguns demos resolveram abandonar o barco a deriva e fundar o PSD, sob
o comando do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab.
Mas como desgraça pouca é bobagem, no início deste ano
pintou o escândalo de corrupção envolvendo um dos principais chefões do
partido, Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja. O
senador, já lançado pela sigla como presidenciável para 2014, foi cassado por
suas ligações com a máfia de Carlinhos Cachoeira. O discurso da ética,
utilizado por uma legenda mais suja do que pau de galinheiro, caiu em total
descrédito. A última chance de sobrevida era a eleição municipal. Mas, pelo
jeito, também não deu certo.
do Blog do Miro
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