Ontem a noite, recebi uma ligação dizendo que sou muito radical quanto a política dentro do templo. Perguntei se eu estava errado, e onde a Bíblia apontava meu erro. Houve silêncio e fim da ligação.
Ao abrir o email do blog, estavam lá expressas revoltas de pessoas que dizem ser crentes, contrárias a outra afirmação que tinha feito de respeito ao culto. Dizendo que crente tem de votar em crente e a eleição está próxima e culto tem-se todos os diase por aí vai.
Uma determinada pessoa que estava no no Face, não gostou das minhas colocações e disse que eu me calasse e fosse orar. Respondi que oro, apenas não sou contemplativo com o erro. Foi a gota d'água para começar tudo de novo no celular, com inúmeros pedidos para colocar a matéria contra os candidatos da igreja. Eu bem sei que existem candidatos e candidatos. Não vou colocar a matéria, pois não darei também munição a oposição contra o meu próprio reduto.
O certo é que ao ficar mais próximo do dia 7 de outubro, o desespero aumenta. É festa da democracia para uns e da hipocrisia , patifaria e politicagem para outros, dentro da congregação. O privilégio de contribuir, através do voto, para a construção de uma sociedade mais sólida e
participativa, tende a ser maculado por pessoas sem critério.
O exercício do voto nestes últimos anos, tem mudado
muito e para melhor, só na tecnologia e rapidez do resultado. Pois na qualidade dos candidatos, está cada vez uma lástima. O que preocupa sobretudo, é que na Câmara do Paulista, por exemplo, tem-se 15 cadeiras e as denominações evangélicas querem tomar conta de todos assentos.
As candidaturas "evangélicas" não respondem às demandas atuais da população, onde os mesmos ignoram os atos legislativos e nunca contribuíram para o fortalecimento sequer comunitário, quanto mais democrático.
Alie-se também, profundas mudanças
sistêmicas, programáticas e éticas, que faltam a muitos. Onde os tais precisam mudar e adequar-se às necessidades de uma sociedade
justa, transparente e participativa.
Como evangélicos, qual a contribuição para a construção da nossa nação, se votamos em vereadores comprometido apenas com o pastor, por exemplo.
Como evangélicos, nos identificamos com as advertências bíblicas, mas a utilização de textos da Palavra como pretexto para se enquadrar no vício político, já é demais.
O voto é exercício de cidadania. Mas tem muita gente que não pensa assim. Age de forma irresponsável, como sendo produto de negociação. É o famoso voto de cajado.
Infelizmente a igreja que se identificava com Jesus, agora também tem
partido. O púlpito de sagrado, transformou-se também em
plataforma política de candidatos do "clero", que por sua vez posiciona-se em busca de favores. Os valores do Reino de Deus, entre os quais justiça, liberdade e
verdade, ficam exclusivamente para a teologia, ou acompanham o servo onde ele esteja, candidato eleito ou não?
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