Começou
nesta segunda-feira (1°/10) o terceiro Congresso IMIP de Saúde Integral
e o quinto Congresso IMIP de Saúde da Mulher e da Criança, no Centro de
Convenções, em Olinda. Até quinta-feira (04/10), o evento reunirá
especialistas nacionais e internacionais em diversas áreas da saúde,
além de residentes e estudantes, para discutir a assistência médica. A
ideia é fornecer caminhos para uma otimização aos cuidados dos
pacientes.
Entre
os palestrantes, está o ginecologista pernambucano Felipe Lorenzato,
que vai falar sobre HPV, doença sexualmente transmissível causada pelo
papilomavírus humano. Dos mais de cem tipos do papilomavírus humano
identificados, cerca de 15 causam câncer de colo uterino, o colo é a
parte inferior do útero que o conecta à vagina. A taxa de incidência
deste câncer no Recife já foi a maior do mundo, no ano de 1997, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), eram 83,2 novos casos por 100 mil
mulheres por ano. Não há dados atualizados sobre esse índice.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero em mulheres recifenses foram ter infecção por HPV oncogênico, ter engravidado em idade precoce (média de 19 anos), ter tido quatro ou mais partos normais e morar em áreas rurais, onde o acesso à assistência médica especializada pode não ser muito fácil. Envolvido em pesquisas sobre este tipo de câncer, Lorenzato informou que, em 2011, a média de idade das mulheres diagnosticadas com câncer de colo uterino no Recife foi de 47 anos, sendo que a mais nova tinha idade de 16 anos e a com maior idade de 78 anos. Dentre elas, 47% foram diagnosticadas já com a doença em estágio avançado. ”O problema é que muitos leitos de ginecologia em hospitais públicos brasileiros estão ocupados por mulheres com o câncer em estado avançado, quando a doença poderia ter sido evitada por meio da prevenção. Sabe-se que muitas ainda não têm acesso ao sistema público de saúde e, atualmente, não há nenhuma evidência de que a mortalidade por essa doença esteja diminuindo no Brasil, ou seja, o que está sendo feito não está tendo impacto”, disse o médico.
Lorenzato alerta, ainda, sobre o subregistro por classificação não específica. Isto é, tem mais mulher morrendo no Recife por este tipo de câncer do que é oficialmente conhecido. A causa está no atestado de óbito, que apenas informa que a mulher morreu de câncer no útero, mas não informa se foi no colo ou no corpo do útero. Ele explica que há diferença. “O de colo tem como uma das causas a infecção persistente por HPV oncogênico e é um dos poucos tipos de câncer que pode ser prevenido. O outro se dá por fator hormonal.” Uma pesquisa orientada pelo médico, usando dados da Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam), no Recife, revelou que 70% das vítimas faleceram devido ao câncer de colo uterino.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero em mulheres recifenses foram ter infecção por HPV oncogênico, ter engravidado em idade precoce (média de 19 anos), ter tido quatro ou mais partos normais e morar em áreas rurais, onde o acesso à assistência médica especializada pode não ser muito fácil. Envolvido em pesquisas sobre este tipo de câncer, Lorenzato informou que, em 2011, a média de idade das mulheres diagnosticadas com câncer de colo uterino no Recife foi de 47 anos, sendo que a mais nova tinha idade de 16 anos e a com maior idade de 78 anos. Dentre elas, 47% foram diagnosticadas já com a doença em estágio avançado. ”O problema é que muitos leitos de ginecologia em hospitais públicos brasileiros estão ocupados por mulheres com o câncer em estado avançado, quando a doença poderia ter sido evitada por meio da prevenção. Sabe-se que muitas ainda não têm acesso ao sistema público de saúde e, atualmente, não há nenhuma evidência de que a mortalidade por essa doença esteja diminuindo no Brasil, ou seja, o que está sendo feito não está tendo impacto”, disse o médico.
Lorenzato alerta, ainda, sobre o subregistro por classificação não específica. Isto é, tem mais mulher morrendo no Recife por este tipo de câncer do que é oficialmente conhecido. A causa está no atestado de óbito, que apenas informa que a mulher morreu de câncer no útero, mas não informa se foi no colo ou no corpo do útero. Ele explica que há diferença. “O de colo tem como uma das causas a infecção persistente por HPV oncogênico e é um dos poucos tipos de câncer que pode ser prevenido. O outro se dá por fator hormonal.” Uma pesquisa orientada pelo médico, usando dados da Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam), no Recife, revelou que 70% das vítimas faleceram devido ao câncer de colo uterino.
No
Brasil, a estratégia de rastreamento recomendada pelo Ministério da
Saúde é o exame citopatológico, mais conhecido como exame de
papanicolau, prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos. Todas as
unidades básicas de saúde, como postos municipais, oferecem esse serviço
de graça.
Mas o especialista defende que a melhor forma de prevenção é vacinação em massa. “O custo efetividade compensa mais, já que muitas mulheres ainda não têm acesso a esse exame. A vacina foi registrada no Brasil em 2007, mas só está disponível no mercado privado. Na América Latina, Peru, Panamá e Argentina, por exemplo, já oferecem no sistema público de saúde”, disse.
Hoje, no Brasil, a média é de 18 mil casos detectados por ano. Segundo o Inca, todo dia morre uma mulher no País por conta do câncer de colo de útero. Em 2008, a OMS informou que até 2025 deve haver um aumento de 87% na taxa de novos casos no Brasil.
Mas o especialista defende que a melhor forma de prevenção é vacinação em massa. “O custo efetividade compensa mais, já que muitas mulheres ainda não têm acesso a esse exame. A vacina foi registrada no Brasil em 2007, mas só está disponível no mercado privado. Na América Latina, Peru, Panamá e Argentina, por exemplo, já oferecem no sistema público de saúde”, disse.
Hoje, no Brasil, a média é de 18 mil casos detectados por ano. Segundo o Inca, todo dia morre uma mulher no País por conta do câncer de colo de útero. Em 2008, a OMS informou que até 2025 deve haver um aumento de 87% na taxa de novos casos no Brasil.
do G1
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