Alguns anônimos e outros nem tanto ficaram revoltados quando cobrei ações diretas de nossos políticos, pois teriam sido eleitos para defender a
Igreja. É o que eles dizem quando vão pedir nossos votos... Via de
regra, ferem o princípio da isonomia (manda um irmãozinho qualquer no
exercício do seu livre direito democrático de se candidatar pedir um
espaço...), enganam, engodam, jogam para a platéia, nepotizam os
gabinetes e não fazem nada! Dias atrás fiz algo que os políticos
evangélicos deveriam ter feito. Mas vamos a um pouco de história. Dia
04/09, uma entidade católica, de nome Fórum Permanente Pró Vida
Pernambuco, lançou uma campanha no jornal Folha de Pernambuco. Nela
rechaçava a propaganda oficial que inclui o Recife no roteiro friendly,
ou seja, como destino gay. A imagem está abaixo:
Foi um escarcéu. Nas redes sociais, na mídia. Os militantes da
causa gay movimentaram as engrenagens. É do jogo. O que me chamou a
atenção é que Maria do Rosário, Secretária de Direitos Humanos, com
status de ministra de Estado, lançou uma nota de repúdio. Lá pelo quarto
item, ela pontuou:
Tem mais. Leiam o link apresentado. Baixem o denso relatório. Em várias páginas e conclusões seus produtores se surpreendem com a falta de informação!? A partir da página 50 vem o que embasou o número: as informações coletadas pelas associações gays e, em parte, obtidas via Internet. Já noticiamos aqui como descaradamente determinadas páginas mentem sobre isso (vide arquivo). As pessoas que confeccionaram o relatório chegam a pontuar no ano de 2011 o seguinte:
Como? Em outubro se agride mais gays em virtude da realização de tais conferências? E ainda registram que o estudo foi produzido por especialistas!? Como a mídia come essa conversa?
Na página 60 do relatório , há um gráfico, reproduzido abaixo:
4 – Em relatório sobre violências homofóbicas no Brasil, divulgado recentemente por esta SDH/PR, constatamos que o Brasil apresentou 278 homicídios de LGBT no ano de 2011. Um número extremamente preocupante. Neste contexto, o estado de Pernambuco figura em sexto lugar entre os estados brasileiros com maior número de homicídios de caráter homofóbico;Me abespinhei. Aonde ela arrumou o número? Tantos gays mortos e eu não sabia!? Algo está errado. Protocolei um pedido de informação, no dia 07/09/2012, junto ao Sistema Eletrônico de Informações, baseado na nova Lei de Informação ao Cidadão. Meu texto finalizava assim:
Gostaria de saber sobre quais documentos a SEDH se baseou para fazer a afirmativa? Nas conclusões dos inquéritos da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco? Há uma lista de vítimas? Como ter acesso à mesma?Hoje recebo a resposta (grifo meu):
A Coordenação Geral de Promoção dos Direitos LGBT da SNPDDH/SDH informa que o Relatório sobre Violência Homofóbica (http://portal.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/brasilsem/relatorio-sobre-violencia-homofobica-no-brasil-o-ano-de-2011) responde a todas as questões levantadas. Além disso, informa que não há lista de vítimas.Isso! Não há lista de vítimas! MAS, como pode eles soltarem o número ao vento? Uma ministra de Estado faz uma afirmação por escrito que não pode ser confirmada!? Eu sugiro inverossímil!? Agora os políticos tão preocupados com o PL 122/2006, com as perseguições nos fóruns gays, etc e tal, deveriam fazer o quê? Digam vocês meus dez leitores.
Tem mais. Leiam o link apresentado. Baixem o denso relatório. Em várias páginas e conclusões seus produtores se surpreendem com a falta de informação!? A partir da página 50 vem o que embasou o número: as informações coletadas pelas associações gays e, em parte, obtidas via Internet. Já noticiamos aqui como descaradamente determinadas páginas mentem sobre isso (vide arquivo). As pessoas que confeccionaram o relatório chegam a pontuar no ano de 2011 o seguinte:
Ao se investigar a distribuição de notícias relacionadas a violências
homofóbicas, de acordo com o gráfico 5.1, percebe-se um pico de notícias em
fevereiro, especialmente no carnaval (com 22,8% do total de notícias). Outubro
vem em segundo lugar, com 9,6% , o que pode se relacionar com o processo de
conferências de políticas públicas e direitos humanos de LGBT nos âmbitos
municipais e estaduais.
Como? Em outubro se agride mais gays em virtude da realização de tais conferências? E ainda registram que o estudo foi produzido por especialistas!? Como a mídia come essa conversa?
Na página 60 do relatório , há um gráfico, reproduzido abaixo:
Somando aqueles 22,7% dos amigos + 16,8% dos companheiros + 12,6% dos clientes + 5% dos amantes eventuais e + 2,5 dos namorados, temos a incrível soma de 59,6%. Ou seja, a maioria esmagadora dos atentados ocorre no grupo ao qual o gay pertence, desfazendo totalmente o mito homofóbico.
Mas nossos políticos estão ocupados... Depois do dia 07, quem sabe...
de Reflexôes sobre quase tudo
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