Proposta quer dar à mulher a opção de interromper sua gestação, isto é, de matar seu próprio filho, até a sua 12ª semana de vida

Pelas leis brasileiras atuais o aborto só pode ser feito nos casos de estupro ou quando a gestação coloca em risco a saúde da mãe. Em 2012 o Supremo Tribunal Federal também liberou o procedimento quando for diagnosticado que o feto é anencéfalo.
Agora a proposta de dar à mulher a opção de interromper sua gestação, isto é, de matar seu próprio filho, até a sua 12ª semana de vida, também ganhou apoio de conselhos de medicina. O anteprojeto aprovado propôs também a ampliação do aborto legal para casos de bebês com anomalias incompatíveis.
A opinião dos médicos que fizeram parte da primeira reunião do CFM de 2013 será enviada ao Senado defendendo a alteração do Código Penal para que as mulheres que decidirem abortar possam fazer isso livremente, com facilidade, nos primeiros três meses de gravidez, quando, inclusive, a criança já está totalmente formada.
O discurso dos conselheiros, que não julgam ser necessário nem mesmo um laudo médico constatando a “falta de condições psicológicas”, como uns mais “conservadores” apóiam, é em defesa da “autonomia da mulher sobre o seu próprio corpo”. Argumento rebatido pelos cristãos e demais grupos pró-vida, já que um filho, ainda que no ventre, é um ser vivo independente e não uma extensão do corpo feminino.
O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), da Frente Parlamentar Evangélica, frisou que a posição do CFM com relação ao aborto é uma falácia e uma propaganda aberta pró-aborto. “A ampliação dos excludentes de ilicitudes penais em caso de aborto é, simplesmente, a forma técnica e sofisticada de defender que não haja aplicação de punição legal em determinadas situações nas quais a mulher decidir pelo aborto”, disse Lucena.
Clóvis Bonfleur, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou à revista Veja que “a liberação do aborto representaria evitar um mal com outro mal” e que “isso nunca será a solução. É preciso garantir o acesso à educação e informação”. Segundo ele, “essas medidas, sim, é que podem proteger a mulher”.
O CFM frisou que o objetivo do apoio a essa proposta é defender as 180 mil mulheres que morrem anualmente em decorrência de abortos clandestinos no Brasil. Porém, sem mencionar quem defenderá cerca de 1 milhão de bebês que são abortados durante o mesmo período no país.*
*Estimativas do Ministério da Saúde
da CPAD News ,Christian Post e Folha de S. Paulo
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