Portadores
do vírus da aids que fazem tratamento nos serviços de atendimento
especializado (SAEs) da rede muncipal do Recife também denunciam a
falta, desde março, de medicamentos contra o vírus da aids. Está
suspensa a distribuição de Efavirenz, Lamivudina, Tenofovir, entre
outros. “Estou sem tomar os remédios há duas semanas e tenho medo que a
imunidade tenha uma queda grande e eu passe a ter infecções
oportunistas”, diz uma jovem paciente, mãe de filhos pequenos. Ela conta
que um amigo,portador do vírus, usuário de dez medicamentos, está
desesperado. “É um absurdo. Queria saber se os gestores agiriam dessa
forma se fosse alguém da família deles precisando desse atendimento?”,
reclama. “Além da falta de medicamentos, enfrentamos burocracia nos
postos do Recife e um desmonte da assistência farmacêutica. O que me
deixa mais revoltada é que o discurso de que temos no Brasil a melhor
política de assistência à aids do mundo não condiz com a realidade nos
serviços do SUS”, completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário