O
projeto casuístico do Governo, excluindo o tempo de tevê e fundo
partidário a novos partidos e fusões, é uma excrescência, algo inspirado
na ditadura militar. Quantos casuísmos não foram forjados entre o
regime de exceção e o processo de redemocratização?
O
voto vinculado foi um deles! Para manter-se 20 anos no poder, tempo
previsto pelo ex-capitão de Lula, José Dirceu, o PT faz de tudo. Não
quer largar o osso! Em apenas duas sessões vapt-vupt, os deputados da
base governista deram um golpe na oposição.
Espertamente,
PPS e PMN, que se fundiram, escaparam. Mas a grande vítima dessa
estória é a ex-ministra Marina Silva, que disputou as eleições para
presidente em 2010 e obteve 19 milhões de votos pelo PV.
Mas
logo em seguida deixou o partido e está numa luta que parece inglória
para fundar uma nova legenda, a chamada Rede. O projeto que barra a sua
pretensão ainda será apreciado pelo Senado, mas como o Governo tem
maioria na Casa certamente será aprovado, como ocorreu na Câmara.
Marina
pode ser detonada, esmagada pelas forças poderosas que se opõem ao seu
projeto temendo que a ex-verde complique a reeleição de Dilma.
Sacramentado
pelo Senado e sancionado por Dilma, o projeto ainda corre um risco: o
senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) promete ingressar com uma ADIN –
Ação Direta de Inconstitucionalidade – no Supremo para barrar e
resguardar o direito de todo e qualquer partido novo ter acesso ao fundo
partidário e tempo na televisão.
Como o Supremo adora meter a sua colher no cozido do Congresso, quem sabe Marina não seja salva no final do túnel!
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do Blog de Magno Martins
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