Nesta quinta-feira, 23 de maio, a mesa diretora da CGADB (Convenção
Geral das Assembléias de Deus do Brasil) decidiu por expulsar o pastor
Samuel Câmara da convenção, que é a maior e mais conhecida dentre as
ligadas à Assembléia de Deus.
A decisão do desligamento aconteceu devido a acusação de que Câmara e
outros três pastores teriam quebrado o decoro durante a reunião da
Assembléia Geral Extraordinária que aconteceu entre os dias 6 e 8 de
Junho de 2012 em Alagoas. Na ocasião vários pastores ligados a Samuel realizaram um protesto no evento devido a acusações de irregularidades na AGE, depois disso a Assembléia Geral chegou a ser anulada na justiça após um pedido da Convenção Fraternal do Estado do Espírito Santo.
O requerimento que culminou no desligamento compulsório do líder da
igreja-mãe das Assembléias de Deus foi impetrado pelo pastor Davidson
Viera da Silva, que é alinhado com o recem reeleito presidente da CGADB,
José Wellington, o qual a vários anos disputa contra Samuel Câmara a
liderança da Convenção. Além do pastor paraense, os pastores Sóstenes
Apolos e Jônatas Câmara também respondiam ao processo, mas não foram
julgados por apresentarem um atestado médico. Já Ivan Bastos, por ter
sido recentemente eleito para a mesa diretora, também será julgado, mas
apenas em uma futura Assembléia Geral Ordinária.
A mesa diretora, formada por 10 pastores da CGADB, decidiu por 7
votos contra 3 pelo desligamento de Samuel Câmara. Os três votos a favor
do pastor foram dos pastores Antonio Dionísio, Jonas Francisco de Paula
e Ivan Bastos. Após ser comunicado da decisão, o pastor Samuel Câmara
divulgou uma nota oficial onde classificou o ato como “rito sumário como
nas piores ditaduras” e afirmou que “fica caracterizada a perseguição
política e a determinação de tirar do caminho e atropelar qualquer um
que levante a sua voz contra os desmandos da administração que há 25
anos comanda a CGADB”, criticou.
Câmara também afirma que foi um ato de “arbitrariedade” pois, segundo
ele, o Regimento Interno da CGADB ”não prevê esse tipo de sanção para a
acusação de quebra de decoro alegada contra mim e os demais pastores já
mencionados” e por isso avisou que irá recorrer da decisão. Confira a
nota oficial completa:
Ao arrepio do Estatuto e do Regimento Interno, que não prevê esse tipo de sanção para a acusação de quebra de decoro alegada contra mim e os demais pastores já mencionados, a Mesa Diretora acaba de deliberar pelo meu desligamento da CGADB por sete votos a três. Votaram contra a decisão os pastores Antonio Dionísio, Jonas Francisco de Paula e Ivan Bastos.
Os processos contra o pastor Sóstenes Apolos e Jônatas Câmara foram temporariamente suspensos porque ambos justificaram a sua ausência por razões de ordem médica. Já o pastor Ivan Bastos só pode ser julgado, neste caso, pela AGO por pertencer à Mesa Diretora da CGADB.
Infelizmente optaram, mais uma vez, por cometer uma arbitrariedade. Rito sumário como nas piores ditaduras. Fica caracterizada a perseguição política e a determinação de tirar do caminho e atropelar qualquer um que levante a sua voz contra os desmandos da administração que há 25 anos comanda a CGADB.
Diante desta atitude arbitrária, repito o nosso lema: “Porque Deus não nos deu um espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor e de moderação”, 1 Timóteo 1.7.
Vamos recorrer da decisão, com tranquilidade. Eles buscam promover mais uma cisão. Nós buscamos a unidade assembleiana. Insistimos que nos cubram com as suas orações.
Convenções do Sul pedem unidade na Assembléia de Deus
No dia 20 de maio, antes do julgamento, a UMADERSUL (União dos
Ministros das Assembleias de Deus da Região Sul do Brasil) divulgou um
manifesto onde pediu a “unidade entre a mesa diretora da CGADB e os seus
membros e entre estes com as convenções estaduais e regionais e seus
membros”. Na carta a União pediu orações para que os membros da mesa
diretora “não se precipitem” em desligar ou tomar medidas disciplinares
contra os pastores.
“Há o perigo iminente de que sejam desligados compulsória e
injustamente membros da CGADB, que são pastores com uma história
relevante de trabalho na obra do Senhor, somente pelo fato de os mesmos
terem interpretado a vontade de Deus com um pensamento diferente
daqueles esposados pela Mesa Diretora”, diz o manifesto que fala
abertamente sobre retaliação “que é uma atitude anti-cristã e
extremamente prejudicial à unidade da Assembleia de Deus no Brasil”.
No manifesto, assinado por três pastores representantes dos três
estados do sul, é feito um pedido “a Mesa Diretora e o próprio
Presidente da CGADB, sua Reverendíssima, Pastor José Wellington Bezerra
da Costa, como líder maior de nossa Assembleia de Deus no Brasil, que
não se permita ser considerado incoerente com suas próprias palavras,
pois o mesmo pediu a unidade de nossa denominação no país”, diz. O texto
completo do manifesto está no site da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus no Estado do Paraná.
Enquanto o imbróglio não é resolvido, o pastor Samuel Câmara não é
mais membro da CGADB e por isso não pode participar dos eventos da mesma
e tão pouco voltar a concorrer para a cargo de presidente da convenção.
Por Renato Cavallera, para o Gospel+
Nota do BAF: O regime feudal evidenciado pela cúpula da AD em diversos estados, não é (infelizmente) nenhuma novidade. Agora é nocivo e digno de investigação. Para começo, a membresia, não dispõe sequer do próprio estatuto. Tem-se uma escolhas e eleições complicadas. Se faz necessário pedir no Cartório local e entrar no Ministério Público?
Outro ponto: Desde quando a presidência de uma entidade que não é particular, pode ser vitalícia? Depende do que diz o estatuto, que pode ser adequado a legalidade, se for o caso.
Na hora da suposta escolha, promoção......, afirmam ser escolha de "deus" e depois começa a sistemática ditatorial. Isto vale para as Micro e Mega Convenções. Na CGADB, tanto para a situação e/ou oposição, o que realmente acontece é a omissão com o reino. O que realmente importa é o status, privilégios e poder. É uma vergonha. A minha alegria, resulta no seguinte, se eu estou vendo estas coisas, imaginem Deus?
Nota do BAF: O regime feudal evidenciado pela cúpula da AD em diversos estados, não é (infelizmente) nenhuma novidade. Agora é nocivo e digno de investigação. Para começo, a membresia, não dispõe sequer do próprio estatuto. Tem-se uma escolhas e eleições complicadas. Se faz necessário pedir no Cartório local e entrar no Ministério Público?
Outro ponto: Desde quando a presidência de uma entidade que não é particular, pode ser vitalícia? Depende do que diz o estatuto, que pode ser adequado a legalidade, se for o caso.
Na hora da suposta escolha, promoção......, afirmam ser escolha de "deus" e depois começa a sistemática ditatorial. Isto vale para as Micro e Mega Convenções. Na CGADB, tanto para a situação e/ou oposição, o que realmente acontece é a omissão com o reino. O que realmente importa é o status, privilégios e poder. É uma vergonha. A minha alegria, resulta no seguinte, se eu estou vendo estas coisas, imaginem Deus?
Já vi na ORMIBAN/PE esse fato, só por questioamento do uso CBN/PE pela atual diretoria e o Pr que questionou deu uma farrapada na vida e foi a gota d'água p/ exclusão sumária
ResponderExcluir