Os
filhos são a luz dos nossos olhos, a coisa mais importante para seus
pais. E filhos que nos orgulham nos levam em alguns momentos ao paraíso,
a um profundo mergulho na felicidade. Foi esta é a sensação que tive,
ontem, ao saber que meu filho André Gustavo Martins, 23 anos, foi
laureado no curso de Cinema pela Escola de Comunicações da Universidade
de Boston, nos Estados Unidos.
André Gustavo é um devorador de
livros, estudioso, disciplinado, aplicado em tudo que faz. Vai se formar
no próximo dia 17 em Cinema pela Universidade de Boston. Laureado,
receberá o diploma com o título de “Summa Cum Laude”, que só 5% dos
formandos conseguem. É uma façanha e tanto para um nordestino!
Por
isso, estou muito feliz e compartilhei esta felicidade ontem com toda a
minha família. Aline, sua madrasta, Magno Filho, de apenas cinco anos,
meu pai Gastão, o varão de 91 anos, meus irmãos e amigos.
André
Gustavo é um americano-nordestino ou nordestino-americano. Segundo
herdeiro do meu segundo casamento, nasceu no Recife em 1990 e foi morar
nos Estados Unidos com menos de sete anos de idade, porque sua mãe casou
com um americano e tirou ele e Felipe, o mais velho, do meu convívio
diário.
Felipe, o primogênito, nasceu em Brasília, dois anos
antes de André, devendo se formar ainda este ano em Psicologia e música
pela Universidade de Washington. Ambos moram hoje nas suas respectivas
universidades e em Estados diferentes, pois a mãe está residindo em
Paris, na França.
O desmame logo cedo foi uma tortura para mim.
Sofri muito, mas havia um consolo no coração e na alma que sangravam:
sabia que era bom para o futuro deles fixar residência nos Estados
Unidos.
Afinal, filho a gente ama e muito, mas tem que ter a
consciência que se criam para o mundo. Fazer casulo deles é bobagem. A
gente tem que pensar é no futuro e eles, apesar da saudade da distância
que nos separa, estão muito bem.
A saudade é suportável porque
eles passam férias aqui comigo para aprender um pouco de português e às
vezes dou um pulinho lá. A opção de André Gustavo por Cinema é
vocacional. Imberbe, se transformou num cinéfilo. Seu diploma não é
apenas em Cinema, mas em Educação também.
E antes de produzir o
seu primeiro curta, André leciona. Sendo assim, emplacou o seu primeiro
emprego como professor na Ensine por América, escola pública para
famílias de baixa renda.
E está tão
sensibilizado em transmitir seus conhecimentos para classes menos
favorecidas dos americanos que me pediu para informar que a sua escola
está precisando de material escolar.
Veja o que ele disse num
e-mail ontem ao paizão: “Papai, no seu texto você pode incluir uma
frase? Então, diga que a escola que ensino precisa de material escolar. E
se alguém quiser doar envie para o seu blog”.
André Gustavo é
assim: extremamente humano, sensível, de alma leve e pura. Não sei se
sonho demais, mas quero vê-lo em Hollywood, brilhando na produção de
grandes filmes! |
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