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21 junho 2013

DO MEU OBSERVATÓRIO: DILMA E O DISCURSO DO CONTRADITÓRIO

https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/p480x480/1013670_542356515831684_1573087982_n.jpgA Presidenta Dilma disse a pouco em discurso pela tevê, que está ouvindo os protestos das ruas. Só pode, afinal o noticiário é constante e a mídia destaca os vândalos. Disse que vai receber os líderes das manifestações, representantes das associações e sindicatos. Só não recebeu a representação dos ACS-ACE para discussão do piso salarial.  Ressaltou que o dinheiro gasto com as arenas é fruto de financiamento e será devidamente pago pelas empresas que estão cuidando dos estádios. Espero ver retorno, em arenas elefantes branco, com campeonatos inexpressivos. Afinal, campeonato se faz com estádio, ou não?
Disse que quer contribuir para uma ampla e profunda reforma política que amplie a participação popular. Essa fala faz tempo que se ouve, e não sai da semântica.
A presidenta disse que vai convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país em torno de um grande pacto, em torno da melhoria dos serviços do país, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para melhorar o atendimento do SUS. Pacto com gestores do estado e município por melhorias, é um propósito antigo e difícil de ser cumprido na prática, tal como melhorar o atendimento médico para a população carente e mais distante dos grandes centros.
As manifestações trouxeram importantes lições, as tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes, ganharam prioridade nacional. As lições das ruas são evidentes, mas afirmar que as tarifas baixaram é um pouco demais. Já as pautas, existem sérias divergências de prioridades nas falas dos líderes dos movimentos. 
A Presidenta disse que sua geração lutou muito para que a voz das ruas fosse ouvida, a voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada e ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros. A voz das ruas foi ouvida, pois encontrou reverberação nacional.
Dilma disse que a população quer transporte de qualidade, mais segurança. Além de preço justo na tarifa.
O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta destrua o patrimônio público e privado, não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil, todas as instituições e os órgãos de segurança pública têm o dever de coibir dentro dos limites da lei. Mas o que se observa, é que a segurança de fato não chega para a população de locais menos favorecidos.
A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada e ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros. Arruaceiros, que infelizmente seguem o exemplo da impunidade com nome de imunidade parlamentar.
Dilma afirma que os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar tudo, de propor e exigir mudanças, de defender com paixão suas ideias e propostas. Mas precisam fazer isso de maneira pacífica e ordeira. Isto é fato. Agora, se a voz das ruas não invadisse o país, seria de fato ouvida?
O Brasil está lutando muito para se tornar um país mais justo, não foi facil chegar onde chegamos. Eu gostaria de saber onde chegamos? Na 6ª economia, com a miséria e corrupção no topo. Sem educação, moradia, transporte, segurança   e saúde? Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a Democracia. Na realidade, boa parte da retórica é de fato demagógica. 

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