Rádio A Melhor do Universo

28 junho 2013

DO MEU OBSERVATÓRIO: A LEITURA DA PRESSÃO DAS RUAS



Eu não quero ser a corda que enforcou Judas, Nem o mártir da revolução da igualdade sócio-político-econômica-religiosa e futebolística. Apenas procuro está sempre em aprendizagem.
Com  a onda de protestos que se espalha país a fora, é necessário que se faça uma leitura de fato dos fatos. O que observo ultimamente, é que a maioria quer ter direito, desobrigando-se  do pensar acurado e mensurado do dever.
Tem-se bônus e ônus em qualquer sistema político e econômico. Se faz necessário as massas pensantes, não serem conduzidas por uma elite que busca perpetuar-se no poder aderindo a veste de camaleão.
Hoje em dia, quando se faz uma fala de diagnóstico pedagógico  numa reunião, cria-se logo um mal estar quase que geral, pois a tendência do imediatismo busca a solução. Esquecendo que o remédio, tem uma bula,na qual tem a indicação, contraindicação e efeito colateral. Tal fato acontece irremediavelmente a curto, médio ou longo prazo. Disto não se escapa, mandando para o espaço a tese  de morte súbita, onde o que faltou foi investigação correta. Dr.  House e CSI  estão aí para contrariar os oportunistas.
A jogada política dos últimos dias, me faz pensar em várias possibilidades. E conversando com alguns intelectuais da política, mídia e sociologia, não ouvi uma opinião contrária, ao ponto de  mudar meu rumo de observação. Todos estão fascinados. Sabemos que amor e ódio, andam juntos. Esquecem que decepção, depressão, anarquia e repressão também.
Como negro, sou contra um monte de coisas que buscam na teoria da igualdade racial. Como cristão, discordo de vários pontos da teologia da libertação. Pois eu penso, e não preciso da manipulação. O acesso a informação deve está livre do veneno da astúcia e do engodo.
A gente não precisa de cota para Universidade, precisamos de qualidade e estrutura  física no ensino básico, bem como garantias efetivas ao corpo discente do chamado padrão FIFA (retirando o lado negro), bem como  excelência salarial e de conteúdo  ao corpo docente. Sonho? Não precisa de royalties, basta aplicar 50% da verba  consumida pela  corrupção para a educação. Aí se verá, muitas das coisas que acontecem nas periferias, desaparecerem.
A maioria da população, tem vergonha na cara, não quer bolsa sei lá o que. A maioria das famílias estão envolvidas no mar de desilusão. Isto é a arma do sistema. Manter o sujeito escravizado.
Esta é a minha visão na qual já fui proibido a fala, tentado a cooptação, bem como a descaracterização. Mas observo que ainda resta evidência de regras básicas na sociedade, e confio na supremacia dos bons. Agora, tem-se determinadas coisas que não se engole. Como militante do PT, discordei veementemente de Erundina quanto a ações do seu governo. Mas entre ela e Lula, quem tem o mínimo de bom senso, sabe muito bem de que lado fica. Pois associar-se a Maluf é o fim.
Outro fato que vejo na classe política é a perda da capacidade de se indignar. Como Olindense e ex-Peemedebista, do tempo de Marcos Freire, a gente sabia que aliança com a Arena, era a mesma coisa de unir água e óleo. Hoje a gente ver tomando um cafezinho tranquilamente, pessoas do nosso lado, com Collor, Renan, Sarney, Maluf..... A gente não precisa voltar ao tempo de Lampião, mas a intimidade e acintosa.
Assim temos o grande presidente do senado, afirmando que coloca em votação o projeto do passe livre. Um projeto encabeçado  por Renan, pode ser bom? Outra coisa, ninguém me tira da cabeça a idéia de desestabilização. Todos sabemos que com a desoneração, o governo vai arrecadar menos um pouquinho só. Mas a conta quem paga somos nós, os trabalhadores.
Passe livre irrestrito é a mesma coisa de fundir o Marxismo ao capitalismo. Quem leu o estatuto do Partido, sabe do que estou a dizer.
Outra coisa, depois dos protestos, projetos  engavetados, com celeridade vertiginosa chegaram ao ápice até da promulgação. E o que mais me surpreende é a mudança de opinião, o que era já não é. Falo no tocante ao trem bala, agora vai ficar mais barato sem concessão. Não era a bem pouco tempo, o contrário? Vão empurrar também para a população o plebiscito ou referendo e iniciativa popular. Quem se lembra das propostas de Dilma, entre outras coisas estavam a reforma política e austeridade fiscal.
Acredito que a pressão das ruas é valida, mas com uma leitura bem feita pelas cabeças pensantes da política. Para que não fique muito pior do que já está. Pois tem gente, investindo e apostando nisto. Assistindo de camarote e esperando a hora exata para se manifestar e dar o xeque mate.

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