Eu não quero ser a corda que
enforcou Judas, Nem o mártir da revolução da igualdade sócio-político-econômica-religiosa
e futebolística. Apenas procuro está sempre
em aprendizagem.
Com a onda de protestos que se espalha país a
fora, é necessário que se faça uma leitura de fato dos fatos. O que observo
ultimamente, é que a maioria quer ter direito, desobrigando-se do pensar acurado e mensurado do dever.
Tem-se bônus e ônus em qualquer
sistema político e econômico. Se faz necessário as massas pensantes, não serem
conduzidas por uma elite que busca perpetuar-se no poder aderindo a veste de
camaleão.
Hoje em dia, quando se faz uma
fala de diagnóstico pedagógico numa
reunião, cria-se logo um mal estar quase que geral, pois a tendência do
imediatismo busca a solução. Esquecendo que o remédio, tem uma bula,na qual tem
a indicação, contraindicação e efeito colateral. Tal fato acontece irremediavelmente
a curto, médio ou longo prazo. Disto não se escapa, mandando para o espaço a tese
de morte súbita, onde o que faltou foi investigação
correta. Dr. House e CSI estão aí para contrariar os oportunistas.
A jogada política dos últimos
dias, me faz pensar em várias possibilidades. E conversando com alguns intelectuais
da política, mídia e sociologia, não ouvi uma opinião contrária, ao ponto
de mudar meu rumo de observação. Todos
estão fascinados. Sabemos que amor e ódio, andam juntos. Esquecem que decepção,
depressão, anarquia e repressão também.
Como negro, sou contra um monte
de coisas que buscam na teoria da igualdade racial. Como cristão, discordo de
vários pontos da teologia da libertação. Pois eu penso, e não preciso da
manipulação. O acesso a informação deve está livre do veneno da astúcia e do
engodo.
A gente não precisa de cota para
Universidade, precisamos de qualidade e estrutura física no ensino básico, bem como garantias
efetivas ao corpo discente do chamado padrão FIFA (retirando o lado negro), bem
como excelência salarial e de conteúdo ao corpo docente. Sonho? Não precisa de royalties,
basta aplicar 50% da verba consumida
pela corrupção para a educação. Aí se verá,
muitas das coisas que acontecem nas periferias, desaparecerem.
A maioria da população, tem
vergonha na cara, não quer bolsa sei lá o que. A maioria das famílias estão
envolvidas no mar de desilusão. Isto é a arma do sistema. Manter o sujeito escravizado.
Esta é a minha visão na qual já
fui proibido a fala, tentado a cooptação, bem como a descaracterização. Mas
observo que ainda resta evidência de regras básicas na sociedade, e confio na
supremacia dos bons. Agora, tem-se determinadas coisas que não se engole. Como
militante do PT, discordei veementemente de Erundina quanto a ações do seu
governo. Mas entre ela e Lula, quem tem o mínimo de bom senso, sabe muito bem
de que lado fica. Pois associar-se a Maluf é o fim.
Outro fato que vejo na classe
política é a perda da capacidade de se indignar. Como Olindense e ex-Peemedebista,
do tempo de Marcos Freire, a gente sabia que aliança com a Arena, era a mesma
coisa de unir água e óleo. Hoje a gente ver tomando um cafezinho
tranquilamente, pessoas do nosso lado, com Collor, Renan, Sarney, Maluf..... A
gente não precisa voltar ao tempo de Lampião, mas a intimidade e acintosa.
Assim temos o grande presidente
do senado, afirmando que coloca em votação o projeto do passe livre. Um projeto
encabeçado por Renan, pode ser bom?
Outra coisa, ninguém me tira da cabeça a idéia de desestabilização. Todos
sabemos que com a desoneração, o governo vai arrecadar menos um pouquinho só.
Mas a conta quem paga somos nós, os trabalhadores.
Passe livre irrestrito é a mesma
coisa de fundir o Marxismo ao capitalismo. Quem leu o estatuto do Partido, sabe
do que estou a dizer.
Outra coisa, depois dos
protestos, projetos engavetados, com
celeridade vertiginosa chegaram ao ápice até da promulgação. E o que mais me
surpreende é a mudança de opinião, o que era já não é. Falo no tocante ao trem
bala, agora vai ficar mais barato sem concessão. Não era a bem pouco tempo, o contrário?
Vão empurrar também para a população o plebiscito ou referendo e iniciativa
popular. Quem se lembra das propostas de Dilma, entre outras coisas estavam a
reforma política e austeridade fiscal.
Acredito que a pressão das ruas é
valida, mas com uma leitura bem feita pelas cabeças pensantes da política. Para
que não fique muito pior do que já está. Pois tem gente, investindo e apostando
nisto. Assistindo de camarote e esperando a hora exata para se manifestar e dar
o xeque mate.
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