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04 julho 2013

MILITARES SUSPENDEM CONSTITUIÇÃO E DERRUBAM PRESIDENTE DO EGITO

 
O chefe do exército do Egito, general Abdel Fatah al Sisi, anunciou nesta quarta-feira (3) a saída do presidente do Egito, Mohamed Morsi, por ele "não ter cumprido as expectativas" do povo.

O general declarou que a Constituição está suspensa temporariamente, durante um período de transição, no qual o governo será exercido por um grupo de tecnocratas.

A presidência está em mãos do presidente da Corte Constitucional.

Nesse período, a Constituição vai ser revista, com vistas à convocação de novas eleições parlamentares e presidenciais.

O general afirmou que as forças de segurança iriam garantir a paz nas ruas das principais cidades do país, que estavam tomadas por manifestantes oposicionistas e também por partidários do islamita Morsi.

A notícia foi recebida com fogos de artifício na Praça Tahrir, no Cairo, palco da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011.

Falando depois do general, um porta-voz do Exército afirmou que ainda não há um cronograma para a transição.

O anúncio foi saudado pelo oposicionista Mohamed ElBaradei, que disse que a revolução de 2011 foi "relançada" no país e pediu eleições presidenciais rápidas.

Já Morsi afirmou que se tratou de um "golpe militar completo" e pediu que seus partidários resistam pacificamente.

Fontes de segurança afirmaram que Morsi e os principais líderes da Irmandade Muçulmana, organização islâmica a que ele pertence, estariam proibidos de deixar o país.

Além de Morsi, seriam barrados o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o número dois da confraria, Jairat al Shater.

'Governo de coalizão e consenso'

Pouco antes do fim do ultimato, Morsi apelou, pelo Twitter, à formação de um "governo de coalizão e de consenso" no país em crise.

A oposição exigia que o islamita Morsi – eleito em 2012 após a revolta que levou à renúncia de Hosni Mubarak em 2011 – deixe a presidência.

Mortes

Em meio à crise política, confrontos entre apoiadores do presidente, oposicionistas e forças de segurança deixaram 16 mortos e mais de 200 feridos entre terça e quarta, segundo as agências Reuters e AFP, que citam a TV local e o Ministério da Saúde.

Os confrontos se acirraram após um pronunciamento do presidente reiterando sua legitimidade, sob o argumento de foi eleito democraticamente.  
 
do G1

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