'iKnife' analisa fumaça liberada por corte elétrico em paciente.
Equipamento pode ajudar a evitar cirurgias adicionais.
Uso do bisturi 'inteligente' é demonstrado por um médico usando um pedaço de músculo animal, no Hospital St Mary, em Londres (Foto: Sang Tan/AP e Luke MacGregor/Reuters)
Pesquisadores do London Imperial College, no Reino Unido, desenvolveram
um bisturi “inteligente” que pode detectar em segundos se um tecido que
está sendo cortado é canceroso ou não. A novidade promete tornar as
cirurgias para retirada de tumores mais efetivas no futuro, evitando
operações adicionais.
A tecnologia une um bisturi elétrico com um espectrômetro de massa
capaz de fazer análises químicas. Muitas vezes, cirurgiões não conseguem
identificar visualmente se um tecido é saudável ou canceroso. O
resultado é que, nas operações para retirar câncer dos seios, por
exemplo, é necessária uma intervenção adicional em um quinto dos casos.
O novo equipamento se chama “iKnife” e é desenhado para analisar
amostras da fumaça que surge quando o tecido é cortado pela corrente
elétrica do bisturi.
Ele acaba de ser testado em 91 pacientes e acertou a identificação de
tecido com câncer em 100% das vezes. Os resultados estão publicados na
“Science Translational Medicine”.
Até o surgimento do “iKnife”, o procedimento equivalente adotado era o
de enviar amostras de tecido para exame em laboratório enquanto o
paciente permanece sedado. No entanto, cada nova análise demora cerca de
meia hora, enquanto o novo bisturi elétrico consegue checar se as
células são cancerosas em apenas três segundos.
Bisturi iKnife foi apresentado em Londres nesta quarta-feira (17) (Foto: Luke MacGregor/Reuters)
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