O religioso faz coro com as bancadas católica e evangélica que se mobilizam contra o projeto
O padre Paulo Ricardo Azevedo participou na quarta-feira (10) de um
debate sobre o Estatuto do Nascituro que aconteceu durante a sessão da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) falando contra o aborto,
pauta bastante polêmica que tem unido os parlamentares das bancadas
católica e evangélica.
Apesar do tema ser os direitos do nascituro, os presentes no debate
comentaram mais sobre o PL 03/2013 que já foi aprovado pela Câmara e
pelo Senado e que agora aguarda o posicionamento da presidente Dilma
Rousseff. O texto amplia o conceito de violência sexual garantindo à
vítima tratamento médico emergencial incluindo a “profilaxia da
gravidez”.
Como o texto oferece esses tratamentos para toda relação sexual não
consentida, o padre acredita que, se for sancionada pela presidente, a
lei vai abrir brecha para a liberação do aborto para não vítimas de
estupro.
“Qualquer tipo de atividade sexual não plenamente consentida geraria um
direito semelhante ao caso de estupro”, disse Azevedo que é mestre em
direito canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e
professor de teologia do Instituto Bento XVI em Lorena, São Paulo.
Os deputados presentes na sessão pedem o veto ao projeto e contam com o
apoio de outras instituições como o Instituto Pró-Vida que, por meio do
advogado Paulo Fernando Melo, entrou em contato com o ministro Gilberto
Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, para lembrá-lo que em
2010 a então candidata à presidência se comprometeu em não aprovar o
aborto.
Contando da data da aprovação do PL 03/2013 no Senado, que aconteceu em
4 de julho, Dilma Rousseff tem 15 dias para sancionar ou vetar o
projeto.
do Gospel Prime
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