DO MEU OBSERVATÓRIO: A FIDELIDADE DO OBREIRO (UM OUTRO OLHAR)

Hoje pela manhã, o estudo em classe na EBD, concentrou-se sobre o conceito de fidelidade do obreiro. O que  pode ser definido como uma atitude de quem é fiel ou tem compromisso com tudo que assume. Algo infelizmente raro em nossos dias.Estamos relembrando os dias de Ezequiel, Amós, Malaquias e de João Batista. 

A confiabilidade, no meio cristão, não é exercida sequer pelos obreiros, no sentido corporativista. Onde na reunião dita "ministerial", o que deveria ser reservado para o bem da obra, é explicitado e de maneira distorcida. O que entre os adolescentes se chama de telefone sem fio.

A bíblia revela  os personagens com  fidelidade, como também expõe claramente todos os que demonstraram serem infiéis no seu modo de viver e agir. A congregação, conhece o chamado e o promovido. Só que em muitos locais, não se pode destituir os tais, danosos ao rebanho. Evidenciando-se a conservação do joio no meio do trigo. A utopia de que na Igreja local havia total santidade e perfeição, é descaracterizada de maneira sistemática e alarmante. Entendo que o mundo deve entrar na igreja e se converter, mas as coisas não são bem assim. A infidelidade de alguns na Igreja, espalha a índole.  A fidelidade é o conservar rigoroso da verdade, e quem não se enquadra nesse perfil, está longe de ser um obreiro nos moldes atuais dos tais fraudulentos, mas em compensação, se enquadra no modelo do  Senhor.
O que a gente aprende com Paulo é que o obreiro, deve se preocupar com o bem estar das ovelhas. O livro de Provérbios, destaca que se deve conhecer o estado das ovelhas. Ezequiel fala dos obreiros que gostam apenas da gordura das ovelhas e por aí vai. E o que se observa hoje em dia? Verdadeira extorsão dentro da congregação, com a colaboração das ovelhas que gostam de manipulação ou que pensam fazer negociata com Deus. Diz a Bíblia, que o povo foi destruido por faltar conhecimento.
Além disso, o  obreiro  infiel que sequer cuida das ovelhas, requer que as ovelhas cuidem dele, numa manipulação do texto fora do contexto e logicamente, um gritante pretexto. 

Paulo tinha vários obreiros fiéis em todas as igrejas, hoje em dia a maioria são bajuladores de cargos, pois existem vários no meio evangélico onde tudo que faz é em benefício próprio. Não é à toa que Paulo escreveu: Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. Como o sujeito que não nasceu de novo, não tem serviço prestado reconhecido na congregação, pode ser líder? As qualificações do mesmo são evidenciadas por nepotismo, maracutaias e coisas escusas. Assim acontecem as tais vendas de indulgências, e o que era para ser unção é simplesmente promoção, citando-se  as devidas exceções. Só para refrescar a memória, uma espécie de nepotismo na família de Arão deu em que mesmo? Dos filhos de Eli, tiveram qual o fim ministerial? E quantos filhos de Samuel, foram recrutados para o ministério? Só para relembrar aos doutores em santidade.
Diferentemente, Paulo demonstra  grande confiança em Timóteo, por conhecer a família e o caráter integro dele e evidentemente expressa o  cuidado com o rebanho de Deus, que deu o melhor, ou seja Jesus. Infelizmente,  não é isso que vemos, pois Jesus alertou: Acautelai-vos..... de quem? Dos falsos obreiros. O obreiro infiel é desprovido de qualquer sentimento, mas gosta de mídia, propiciada pelas ovelhas. Já os falsos obreiros, além de detestarem os profetas, igualmente nutrem o mesmo sentimento pelos blogueiros ortodoxos.
No tempo de Paulo, já havia muitos obreiros infiéis  buscando os seus próprios interesses. E em nossos dias?  Jesus advertiu que nos últimos tempos surgiriam falsos cristos e falsos profetas, que fariam tão grandes sinais e prodígios......No nosso meio, acontecem milagres (fé) e escândalos.....Tem muita gente que não entende, e o pior  sustenta sua fé à placa da Igreja, mesmo  sendo enganado por um usurpador de posição e que ignora a vontade de Deus. Paulo disse que  homens fiéis, idôneos ensinem os outros. 

O que a gente  observa: Neófitos de alta posição social e principalmente econômica em conjunto com lobby corporativista, assumindo cargos de ponta na corporação. O organismo (igreja), virou, organização e pastor, tornou-se gestor.
Analisando a teologia Paulina, Timóteo era um obreiro experimentado e sempre provou esse caráter íntegro no seu ministério e, além disso, era fiel em tudo que fazia.
O obreiro fiel, tem preocupação constante  com os irmãos. Já o infiel, vive embaraçado em negócios e não se preocupa com o povo, que não tem tempo sequer de preparar uma doutrina  e assim prega qualquer coisa, menos a palavra.

Já o obreiro fiel é solidário a membresia em toda e qualquer situação. Acompanha o desenvolvimento da família, desde o casamento ao óbito. O infiel não é puro de sentimentos, pois em tudo só quer tirar vantagem, até na cerimônia fúnebre, quer ser estrela.

A maioria destes pseudos-obreiros, são amigos só de aparência.
Jesus é um bom exemplo de cuidado com o obreiro e sua família. Temos os casos de Pedro e de Lázaro. Paulo nunca deixou de valorizar os seus obreiros fieis, quando Epafrodito esteve doente, ele, se preocupou com angústia profunda como se estivesse tomando as dores e os sofrimentos do seu irmão. João, outro exemplo de zelo com o obreiro, como por exemplo Gaio.

A conclusão que chegamos, é que a Igreja dos tempos de Paulo e João, não dispunha dos meios de comunicação que temos, porem possuíam  qualificação  de Deus. Não pensavam em si próprios. Priorizavam o cuidado e o amor uns pelos outros. Em vez de contenda, disputas, faziam o que a bíblia recomendava. Não é o caso do obreiro infiel que contrariamente a tudo isso abusa muitas vezes da sua posição, pondo os outros para fazer tudo e ele sem fazer nada. Fica de braços cruzados, usufruindo carros importados e blindados, com segurança e pensando ter o poder na mão, e utilizam para manipular aqueles que se submetem a extorsão. Só que está escrito: Tudo o que o homem semear...? Deus se deixa escarnecer? Vamos esperar mais um pouco para ver o que acontece. Afinal, aquele que crê não se apressa, e quem está firmado na rocha não se escandaliza. Sabe em que tem crido, prega e vive o evangelho e mantém a devida distância dos servos do iníquo. É isto.