Pastor que se recusar a celebrar casamento não será punido pela lei
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo
pastor Marco Feliciano (PSC-SP), aprovou ontem uma proposta que, na
prática, permite que templos religiosos discriminem casais homossexuais e
que pessoas em desacordo com as crenças de cada religião sejam
rejeitadas. De acordo com o texto, deixa de ser crime um pastor ou padre
se recusar a celebrar um casamento “em desacordo com suas crenças”, o
que inclui, por exemplo, um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo
ou quando um dos cônjuges é divorciado.
O projeto, de autoria do deputado Washington Reis (PMDB-RJ) e que teve
Jair Bolsonaro (PP-RJ) como relator, também autoriza grupos religiosos a
não receberem pessoas “que violem seus valores, doutrinas, crenças e
liturgias”. A proposta livra essas igrejas da punição prevista na lei
que trata de preconceito, a qual prevê reclusão de um a três anos e
multa a quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
do Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário