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03 janeiro 2014

DO MEU OBSERVATÓRIO: O CONSELHO DE SAÚDE, TÁ CEGO?


Meu nobre leitor, respondo pessoalmente como conselheiro, e não em nome da instituição, quanto ao trabalho do Conselho Municipal de Saúde do Paulista. Entendo, concordo e comungo da sua insatisfação, e queremos como conselho reduzir ao máximo a disparidade na saúde do Município do Paulista.
Os dados estatísticos, mostram que houve avanço, as vezes imperceptível para o tamanho do município. Mas as superintendências estão se movendo. Há de convir também que há uma herança de engessamento do modelo de gestão. Concentram-se em áreas específicas, onde a participação popular requer quase sempre outra operacionalidade.
Diante das dificuldades, o que se observa é que tenta-se minimamente corrigir distorções. Mas num olhar específico, não se vive só de boa vontade, tem-se de cortar na carne e moralizar o sistema de forma uniforme. Assim começam os problemas de consenso. Onde cada qual tem o seu lado, as bandeiras tremulam e os interesses afloram.
Nós do Conselho de Saúde, não estamos cegos. Basta observar as ações específicas do ano de 2013, mesmo sem as melhores condições de trabalho como órgão deliberativo e a burocracia quase que feudal e vitalícia. O que espero não se repetir neste biênio que se inicia.
Portanto, espero ter respondido a primeira parte da sua pergunta, de forma mais pragmática possível.
Quanto ao sentido geral da saúde do estado e região, devo dizer que a nossa região nordeste, é a que mais cresce no país com cerca de quase 30% da população. Logicamente precisa de mais médicos, onde atualmente tem cerca de 20% dos profissionais formados. Corrigir esta distorção é uma coisa bem diferente do atual modelo.
Atualmente com o 'programa mais médicos', tem-se por incrível que pareça mais disparidades. Os médicos estrangeiros, são pagos com verba federal e os município dispensam os nacionais? Onde o problema se resolve?
Entendo que se deve incentivar a formação de mais profissionais e acabando também com o endeusamento dos mesmos. Afinal, os médicos tanto como os políticos, são servidores públicos.
Contudo, deve-se dar as devidas condições aos tais, desde a Faculdade, e não forçando-os as populares gambiarras, onde as cobaias são os próprios patrões, no caso o povo que paga os impostos.
O interior deve ser priorizado com a fixação destes profissionais e deve-se aplaudir a atitude de interiorizar o ensino, com a criação do campus de medicina em Garanhuns por exemplo.
O centro urbano por sua vez, entendo que deve ter profissionais e leitos e não somente prédios sem profissionais. Afinal, sabe-se fazer cálculo de demanda ou não? Nos projetos eleitoreiros, apresentam números frios e cálculos precisos.
Outra coisa: Proíbe-se médicos de terem dois vínculos com instituições públicas, quem fiscaliza os horários dos tais? Assim temos, leis em demasias e cumprimento de menos.
Falando especificamente por Paulista, o novo Conselho deve ser mais atuante, já que as condições regimentais foram bem encaminhadas pelos representantes do biênio passado. Assim espera-se uma performance melhor e ampliação de qualidade e quantidade de trabalho do Conselho em prol do povo, já que há reforço de experiência no segmento da sociedade civil e dos trabalhadores, e ao que tudo indica, vontade de acertar da gestão, para evitar a parceria com o Ministério Público. Esta é a minha opinião como observador e trabalhador, credibilizar para poder cobrar.

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