Morte de jovens causou espiral de violência que levou a ofensiva em Gaza.
Até então, o Hamas se recusava a confirmar ou negava envolvimento.
Uma autoridade do Hamas
disse que membros do grupo militante sequestraram três adolescentes
israelenses cujas mortes em junho provocaram uma espiral de violência
que levou à atual guerra em Gaza, na primeira vez que o movimento
islâmico reconheceu envolvimento no caso.
Em uma conferência em Istambul, Saleh al-Arouri, autoridade do Hamas na
Cisjordânia que vive exilado na Turquia, aparentemente confirmou as
acusações israelenses de que o grupo militante islâmico foi responsável
pelo sequestro dos adolescentes.
"Houve muita especulação sobre esta operação, alguns disseram que era
uma conspiração", disse al-Arouri a delegados durante reunião da União
Internacional de Acadêmicos Islâmicos, na quarta-feira, segundo gravação
divulgada pelos organizadores.
"A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada, e
culminou na operação heróica das Brigadas Qassam em aprisionar os três
colonos em Hebron", disse, referindo-se o braço armado do Hamas.
Até então autoridades do Hamas se recusavam a confirmar ou negavam envolvimento.
Histórico
Os corpos dos três jovens israelenses que desapareceram na Cisjordânia foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo.
Os corpos dos três jovens israelenses que desapareceram na Cisjordânia foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto
palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as
suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de
revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul
de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense
iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza.
Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes
contra Tel Aviv. Após os bombardeios, Israel decidiu atacar Gaza também
por terra.
Os estudantes israelenses Naftali Frankel, Gil-ad Sha'er e Eyal Yifrach, sequestrados e mortos na Cisjordânia (Foto: Reuters)
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