Ao ouvir a entrevista de um forte candidato ao governo do nosso estado, fico pensando como tamanho desconhecimento(proposital) tenta mascarar a verdade. E os repórteres ficam paralisados.
A questão de mobilidade urbana do Recife (entendo ser) questão de enfrentamento e moralidade.
Não precisa ser um brilhante historiador para lembrar de Augusto Lucena e a obra que realizou na Avenida Dantas Barreto e as críticas que enfrentou, principalmente do clero.
A avenida Conde da Boa Vista com o prefeito Pelopidas da Silveira, tornou-se um corredor importante viário do corredor leste e oeste. Sem falar de Geraldo Magalhães, Antonio Farias.
Só que as recentes e péssima obras no trecho da Avenida Cde. Boa Vista, boom econômico, aumento populacional e de veículos junto com falta de estacionamento, proporciona o caos.
Modal de transporte, não significa só abrir pistas, e sim criar alternativas. A lógica diz que se há transporte de qualidade e, em quantidade, o fluxo de veículos diminui, como nas grandes e organizadas metrópoles do mundo. Que possuem métodos peculiares.
Na administração do Prefeito Geraldo Magalhães em 1972, o Recife tinha uma frota beirando os 60.000 veículos, atualmente, próxima de 700.000.
Antes da Copa dos 7 X 1, havia a discussão sobre a espinha dorsal do Recife e região, no caso a Avenida Agamenon Magalhães. Viadutos, elevados, nem os arquitetos tem mais consenso da melhor solução para aumentar a velocidade na via, que na hora do rush é um arrocho, principalmente para quem circula de ônibus.
A verdade é que estamos na década do atraso, e do monopólio político. Propostas para melhorar os problemas da mobilidade urbana na Região Metropolitana, parece não associada dos problemas de melhorias em áreas como saúde, educação e segurança pública.
O trabalhador e estudante, num ônibus feito sardinha enlatada, sofre possível alteração de humor que leva ao estresse? Claro. Incide sobre o seu desempenho, lógico.
Sem falar no abuso econômico, com tarifa exorbitante e assédio. Um percurso de vinte e cinco minutos, gasta-se duas horas e quarenta. em média. Eu já passei duas horas e meia, dentro de um ônibus, do viaduto da Joana Bezerra até o Tacarauna. E isto não é anormal, para quem trabalha, estuda e usa a rodovia.
Moldais alternativos, não existem e ninguém se arrisca a caminhar pois falta segurança, e no pedalar, falta ciclovia.
Evitar os gargalos da mobilidade, situa-se em face da dependência grande do sistema de ônibus. Sinal claro de opção errada e falta de planejamento. Onde o sujeito consegue estacionar em Paulista? Imagine no Recife.
isto também faz parte da mobilidade. Onde estão os edifícios garagens?
Ampliar o número de passageiros do metrô diariamente é solução? Sim; e onde estão os investimentos? Foram para a copa dos 7 X 1.
Ao meu ver, transporte de massa é trem/ metrô e não só BRT. O problema é que os trens, são muito antigos e não são renovados. Assim, a capacidade de perto de 300 mil passageiros/dia ampliar para 550 mil e quase que uma utopia.
Quem utiliza o BRT sabe da imensa irritação da população, sem estarem funcionando na sua plenitude. E com o restante da população agregando-se? Imagine como será, BRTs lotados, vias exclusivas ocupadas pelos veículos que utilizam como escape do congestionamento, pois não existe fiscalização em pontos conhecidos; uma maravilha.
Votem nos candidatos que não abordam a temática, mas pedem o seu voto. Tenho dito.
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