Paulista,
na Região Metropolitana do Recife, é finalista do Concurso de
Iniciativas Regionais para Promover a Igualdade de Gênero na América
Latina e no Caribe. O prêmio é coordenado pelo Banco Mundial e teve 150
projetos na disputa – cujo resultado final será divulgado no próximo mês
de novembro. O município do Paulista está incluído na temática
violência de gênero com o Programa “GÊNERO E EDUCAÇÃO”, desenvolvido
pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
O Programa Gênero e Educação é dividido em duas vertentes. Um braço da
iniciativa consiste no Projeto Formação em Gênero para os profissionais
da rede Municipal de Educação, incluindo gestoras e gestores, técnicas
educacionais e demais educadoras e educadores. O grupo passou por
encontros de capacitação para entender a política da igualdade de
direitos e a prevenção à violência contra a mulher.
A outra ramificação do programa é o Projeto Maria da Penha vai à Escola,
que vem sendo desenvolvido em nove unidades de ensino da rede local
através de estratégias para propagação da cultura de igualdade de
direitos entre homem e mulher. O trabalho envolve 257 professoras e
professores e 5.215 alunas e alunos, das modalidades de ensino: Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O corpo docente inclui na proposta pedagógica atividades que contemplam a
construção de conhecimentos sobre a Lei Maria da Penha seus mecanismos e
aplicabilidade. A família e a comunidade escolar também recebem
orientações sobre o tema e trabalham em conjunto nessa proposta.
O trabalho é desenvolvido em sala de aula com alunas e alunos utilizando
jograis, peças teatrais, cordel, gincanas, concursos de redação,
produção de clipes, cartilhas e paródias entre outras atividades,
contribui para a quebra de estruturas e normas sociais cristalizadas
vigentes visualizando como resultado mitigar a violência doméstica e
familiar uma cultura de igualdade de direitos e oportunidades entre
ambos os sexos.
Todo o programa envolve ações em torno da prevenção à violência contra a
mulher e a aplicação da Lei Maria da Penha. As ações são monitoradas
por uma equipe multidisciplinar constituída de psicólogo, pedagogo,
assistente social, educador social, além da secretária Especial de
Políticas para as Mulheres – todos especialistas em gênero.
As atividades não são restritas à sala de aula. Através do alunado e
familiares, o programa transcende os muros das escolas repercutindo em
toda a comunidade.
“Em apenas um ano de implantado pela atual gestão municipal do Paulista,
o programaGênero e Educação tem alcançado excelentes e promissores
resultados”, destaca a secretária Especial de Políticas para as
Mulheres, Bianca Pinho Alves. Ela assegura que ao longo desse período o
trabalho já conseguiu promover no ambiente escolar a quebra de
paradigmas estabelecendo um novo pensar. “Precisamos transformar velhos
modelos e ideias ainda cristalizados em nossa cultura, utilizados para
justificar desigualdades seculares, e a escola é um espaço muito
propício para essa transformação” argumenta.
CONCURSO – O concurso do Banco Mundial tem como objetivo descobrir,
documentar e compartilhar iniciativas inovadoras, eficazes e
sustentáveis que abordam desafios-chave de gênero dentro da região. A
iniciativa procura incentivar a cooperação, a partilha de informação e a
aprendizagem por meio da expansão de redes dentro e fora do banco, e
fortalecer as redes de indivíduos, grupos e organizações que trabalham
para melhorar a igualdade de gênero na América Latina e no Caribe.
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