Vídeo e fotos da preparação para enterro foram divulgados em redes sociais.
Suspeitos são dois funcionários de clínica e pessoa que publicou material.
Funcionários de clínica foram demitidos e
indiciados por registro de imagens do corpo (Foto: Reprodução)
A Polícia
Civil indiciou três pessoas pelo vazamento de fotos e vídeos em redes sociais
do momento em que o corpo do cantor Cristiano Araújo, que morreu em um acidente
de carro na BR-153, em Goiás, era preparado para o sepultamento. De acordo com
o delegado Eli José de Oliveira, do 4º Distrito Policial de Goiânia, elas vão
responder pelo crime de vilipendiar cadáver, ou seja, desrespeitar o corpo em
questão, com pena que vai de um a três anos de prisão.
"São os dois funcionários da Clínica Oeste, onde o corpo foi preparado, e
uma terceira pessoa que foi a responsável por divulgar as imagens", disse
ao G1.
Segundo o delegado, os indiciados, cujas identidades ainda não foram reveladas,
foram ouvidos na quinta-feira (25) e liberados em seguida. "Nós
conseguimos os esclarecimentos que precisávamos e não há dúvidas que os
funcionários da clínica, um casal, fizeram essas imagens sozinhos. O outro vai
responder pelo crime por ter disseminado as fotos e vídeos", destacou.
Em uma
das fotos, o cantor aparece com hematomas no rosto e na outra, ele está com o
terno que vestia quando foi sepultado. Já o vídeo, mostra o processo de
preparação do corpo.
Oliveira
ressaltou que inquérito sobre o caso já está em fase final de conclusão e ainda
é apurado se a clínica tem alguma responsabilidade. "Até agora o
estabelecimento alega que tem um regimento interno rigoroso, no qual os
funcionários assinam termos em que assumem a responsabilidade de não expor os
corpos. De qualquer forma, ainda analisamos essa questão e estamos no aguardo
de documentos que eles teriam assinado".
Em nota,
a Clínica Oeste confirmou que foram dois funcionários que fizeram o vídeo e que
repudia a ação dos empregados. Ambos foram demitidos por justa causa. O
estabelecimento disse ainda que toda equipe assina documentos de Ordem de
Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho, que proíbem que qualquer etapa dos
procedimentos feitos seja gravada, fotografada e, principalmente, divulgada.
"Diante
do erro cometido por dois funcionários de seu quadro profissional, a clínica
informa que não é conivente com este tipo de conduta e que já tomou as
providências legais para demitir os funcionários por justa causa. A Clínica
Oeste existe há quatro anos e reitera seu compromisso com a ética, a
transparência, o zelo pela prestação do serviço e o respeito às famílias, e se
solidariza com todos os que, como ela, repudiam tal ato", destacou o
texto.
Na manhã desta sexta-feira (26), a assessoria de imprensa da clínica confirmou
ao G1 que os funcionários já foram demitidos.
Na quinta-feira, o diretor de comunicação do cantor Cristiano Araújox,
Rafael Vannucci, disse que os advogados que cuidavam da carreira do artista
irão analisar o vazamento nas redes sociais de fotos e vídeo feitos durante a
preparação do corpo para o velório e o sepultamento. Ele explicou que ainda não
viu as imagens, mas que já ouviu comentários sobre o caso.
"O
escritório do Cristiano Araújo, o CA Produções Artísticas, vai analisar os fatos
e zelar pela imagem dele mesmo após a sua morte. Vamos tentar agir da melhor
forma possível, mas a decisão de fazer qualquer coisa é da família",
explicou.
Instituto
Médico Legal
Ao G1, o médico legista Peterson Freitas Moreira, diretor clínico do
Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, disse que os registros não foram
feitos dentro do órgão. Ele, inclusive, disse estar "indignado" com a
situação.
"Isso
é um absurdo. Ficamos sabendo do vazamento há poucas horas. O vídeo não foi
feito aqui. Os dois funcionários que aparecem não trabalham no IML. Além disso,
no caso das fotos, não somos nós quem vestimos os corpos", enfatizou.
O médico
explicou ainda que, no caso do sertanejo, foi necessário analisar o corpo, mas
nenhum órgão foi retirado. Ele revela que participou da necropsia de Cristiano
com mais dois profissionais e que nenhum estava com celulares. Além disso, um
policial fazia a segurança da sala.
Segundo
Peterson, em alguns casos, é preciso fotografar o corpo como forma de comprovar
laudos e documentos. Porém, isso é feito de forma profissional e somente para
interesse do IML. "Se um servidor age desta forma, ele tem que responder
um processo administrativo, podendo até ser expulso do órgão", informa.
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração
Penitenciária já havia informado que a Polícia Civil já concluiu que as imagens
não foram feitas no IML e aponta que o local onde o vídeo foi feito pode ser a
sala de um estabelecimento de preparação de corpos para velório e sepultamento.
"São os dois funcionários da Clínica Oeste, onde o corpo foi preparado, e uma terceira pessoa que foi a responsável por divulgar as imagens", disse ao G1.
Segundo o delegado, os indiciados, cujas identidades ainda não foram reveladas, foram ouvidos na quinta-feira (25) e liberados em seguida. "Nós conseguimos os esclarecimentos que precisávamos e não há dúvidas que os funcionários da clínica, um casal, fizeram essas imagens sozinhos. O outro vai responder pelo crime por ter disseminado as fotos e vídeos", destacou.
Na manhã desta sexta-feira (26), a assessoria de imprensa da clínica confirmou ao G1 que os funcionários já foram demitidos.
Na quinta-feira, o diretor de comunicação do cantor Cristiano Araújox, Rafael Vannucci, disse que os advogados que cuidavam da carreira do artista irão analisar o vazamento nas redes sociais de fotos e vídeo feitos durante a preparação do corpo para o velório e o sepultamento. Ele explicou que ainda não viu as imagens, mas que já ouviu comentários sobre o caso.
Ao G1, o médico legista Peterson Freitas Moreira, diretor clínico do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, disse que os registros não foram feitos dentro do órgão. Ele, inclusive, disse estar "indignado" com a situação.
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