Alunos denunciam que festinha para celebrar as férias passou dos limites com conivência do diretor
“Rolou de tudo. Loló, maconha e braite (cocaína)”, contou um dos
estudantes. Uma das condições sugeridas no grupo da festa no Facebook
foi justamente essa: uma balada “legalizada”. Imagens gravadas na escola
mostram consumo de drogas. Em uma das cenas, garotos cheiram loló em
latas de refrigerante. Em outro canto, estudantes da escola mostram os
baseados que iriam consumir no auditório.
Peu Ricardo/Folha de Pernambuco
Os vídeos foram entregues à Folha de Pernambuco e, de acordo com os
denunciantes, foram gravados por participantes do baile e compartilhados
no grupo. As imagens também mostram preservativos espalhados pelo chão e
cenas de “pegação” na pista de dança. Nas mensagens trocadas muitos
comentavam que a festa ia dar o que falar e que algumas pessoas tentavam
“minar” o evento.
Outra mensagem comentava que uma certa aluna “não vai perdoar nem o
diretor”, sobre a pegação da festa. De acordo com os denunciantes, foram
eles que acionaram a polícia naquela noite. O grupo, dias depois,
apresentou queixa na Gerência Geral de Educação Integral da Secretaria
Estadual de Educação (Seduc). Na reclamação - protocolo número
2001546113 -, a gerência prometeu averiguar os fatos e analisar
relatórios de monitoramento da escola, mas até agora nada teria sido
feito. Vizinhos da escola confirmaram a festa e a bagunça no dia 17.
Narraram que é comum o consumo de drogas no terreno ao lado e na parte
de trás da escola.
O diretor da escola, Edson Edsão, negou a versão dos alunos. Segundo
ele, a festa foi uma confraternização pedagógica e contou apenas com a
presença dos estudantes da unidade. “Não houve venda de ingresso, nem de
bebida”, atestou. O uso de drogas também foi negado. A assessoria de
comunicação da Seduc, em nota, reafirmou as informações da direção. De
acordo com a pasta, no dia 17 de julho, último dia de aula do semestre,
alunos e professores promoveram uma festa de confraternização na escola.
Como a unidade é de fácil acesso à comunidade, argumentou a assessoria,
algumas pessoas pularam o muro e invadiram o local portando bebidas
alcoólicas, o que levou o gestor da escola a encerrar as comemorações.
Porém, o encerramento não foi amigável. Um boletim de ocorrência chegou a
ser registrado. Por fim, a secretaria disse que todas as denúncias
estão sendo apuradas para serem tomadas as providências necessárias.
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